Diálogo do governo com movimentos sociais fortalece luta pela democracia
Sindicatos e movimentos sociais ressaltaram a importância do retorno do diálogo do governo com o desejo do povo
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A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se com diversos movimentos sociais e sindicatos nesta semana, além das mulheres que integram a Marcha das Margaridas. Nos encontros, prevaleceram as pautas sociais e o apoio ao mandato da petista, à democracia e contra um possível golpe orquestrado pela oposição.
O vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Danilo Lopes, acredita que essa foi a primeira de muitas iniciativas importantes que devem ser adotadas pelo governo. Para o estudante, a reaproximação do governo com os movimentos sociais e sindicais é um recado para a sociedade e para a elite brasileira, de que apesar da crise, eles estão do lado da democracia.
“Não vamos nos furtar de fazer críticas ao governo, mas nós temos lado, sabemos reconhecer o patrimônio que é a democracia e sabemos reconhecer que esse mandato foi conquistado no voto. Nós (os movimentos sociais) estaremos nas rua pautando nossas reivindicações, demandas da classe trabalhadora, da juventude brasileira e também pautando a importância da democracia que não vamos excitar em defendê-la”, explica.
O secretário nacional de Movimentos Populares do PT, Bruno Elias, ressalta a importância desse momento de diálogo do governo com os movimentos e expressa a expectativa de agora, que é a resposta da pauta de reivindicações apresentadas, tanto pela Marcha das Margaridas quando por outras entidades que se encontraram com a presidenta Dilma esta semana.
“Avaliamos como um momento positivo de diálogo, de abertura para a pauta dos movimentos sociais e temos muito expectativa da resposta do governo em relação a atender nossas pautas. Estamos preocupados com matérias ruins para nós que foram aprovadas também nesta semana pelo Congresso Nacional”, ressalta.
Elias fala da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que constitucionaliza o financiamento empresarial aos partidos e da aprovação da lei antiterrorismo que pode ser interpretada de diferentes formas pelo judiciário, pelo Ministério Público e pelos agentes de segurança pública, que podem criminalizar os protestos.
“Nós nos posicionamos veemente contra ações que visam criminalizar os movimentos sociais, os sindicatos e os movimentos estudantis, além de acreditarmos ser possível que o governo vete essas medidas”, completa o vice-presidente da Ubes.
No próximo dia 20 de agosto está sendo organizada uma mobilização nacional em defesa da democracia e por uma nova política econômica. No dia 5 de setembro está marcada a conferência nacional dos movimentos populares com o principal objetivo de lançar a Frente Brasil Popular, que reunirá movimentos sociais e partidos de esquerda com o objetivo de criar um ambiente comum de luta.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias