MST repudia projeto que trata do Estatuto da Família

Para os Sem Terra, o PL limita o entendimento de família, excluindo arranjos familiares entre casais homoafetivos, além de milhares de mulheres que sustentam sozinhas suas casas e seus filhos

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) publicou, nesta segunda-feira (26), nota de repúdio ao Estatuto da Família.

Segundo a nota, o PL 6.583/13, conhecido como Estatuto da Família, que tramita na Câmara dos Deputados, “limita o entendimento de família, excluindo arranjos familiares entre casais homoafetivos, além de milhares de mulheres que sustentam sozinhas suas casas e seus filhos”.

“O Estatuto da Família e a agenda contra os sujeitos LGBTs e mulheres não interessam o povo brasileiro. Nós estamos em luta por uma sociedade fraterna, justa, igualitária e com respeito à diversidade”, afirma.

Em sua luta por uma sociedade mais justa, o Movimento Sem Terra luta também contra as discriminações de gênero e de orientação sexual, “que implicam não só em desrespeito, mas também em menos oportunidades e mais violência contra mulheres e LGBT’s”.

Para o MST, o PL é uma manobra dentro do Congresso brasileiro que mais uma vez ameaça os direitos do povo e desvia o foco da solução dos graves problemas estruturais do Brasil.

“Essa política moralista, além de discriminatória, desvia o foco da solução dos graves problemas estruturais de nosso País – como a desigualdade social e de renda, a concentração da terra e dos meios de comunicação, a exploração do trabalhador rural e urbano”, afirma.

A nota ainda afirma que o Estatuto da Família interessa à manutenção das estruturas de poder às elites econômicas, políticas e religiosas.

“Não por coincidência, os deputados que defendem essas bandeiras preconceituosas não estão nas fileiras de defesa dos interesses dos trabalhadores e das minorias no parlamento”, ressalta trecho da nota.

Leia aqui a nota na íntegra.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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