Inflação para baixa renda tem ritmo reduzido, diz FGV

Inflação para classes mais baixas foi 1,18 ponto percentual menos que em janeiro. Alimentos in natura e energia elétrica tivera queda de preços

O governo Bolsonaro está perdendo a guerra contra o dragão da inflação e os preços dos produtos da cesta básica de alimentação disparou: o óleo de soja subiu 77,69%; o arroz, 59,48%; e o feijão fradinho, 58,49%

A inflação para as pessoas de baixa renda teve uma queda de ritmo em fevereiro na comparação com janeiro, segundo o IPC-C1, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo o índice, os preços para as pessoas de classe mais baixa subiram 0,73%. Em janeiro, esse aumento havia sido de 1,91%, uma queda de 1,18 ponto percentual.

A inflação mais baixa pode ser explicada pelo forte aumento de preços em janeiro dos alimentos in natura, devido ao tempo instável do mês, com muitas chuvas de verão. Além disso, houve uma queda no preço da energia, o que impactou a inflação negativamente.

Segundo a FGV, a energia elétrica residencial apresentou queda de 2,33% em fevereiro. O tomate, batata-inglesa, frango inteiro e a carne moída apresentaram quedas expressivas, sendo a maior delas a do tomate, de 13,16%.

Para o economista André Braz, da FGV, a inflação no Brasil ainda está muito atrelada ao passado, devido ao fenômeno da indexação. A indexação é quando os preços são reajustados com índices de inflação passada. O aluguel, por exemplo, muitas vezes é reajustado por índices como o IGP, que medem a subida de preços no passado. Porém, isso acaba impactando a inflação atual, em um ciclo vicioso.

Braz defende uma desindexação da economia, em um processo onde os preços sejam reajustados de acordo com a oferta e a demanda. No atual momento, por exemplo, em que a demanda está menor, a tendência dos preços seria de queda. A indexação faz com que os preços continuem subindo, mesmo com uma demanda menor.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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