Povo está nas ruas, mobilizado, contra o golpe, comemora Solla

Solla questiona credibilidade de Cunha e Temer; Maria do Rosário garante que o povo não aceitará o golpe

Foto: PSOL na Câmara

Ao defender seu voto contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o deputado federal Jorge Solla (PT-BA) alertou para o golpe de Estado que a oposição planeja dar no Brasil. “Não podemos nos esquecer de que esta é a mesma estratégia implementada pelo golpe de 1964. Quem financia é a Fiesp, os empresários brasileiros”.

Ele mencionou que as chamadas “pedaladas fiscais” são procedimentos administrativos feitos por todos os governos anteriores e também por governadores de diversos estados brasileiros, e disse que o mundo inteiro está sabendo que uma governante honesta, sem nanhuma acusação ou imputação de crime está sendo julgada por “uma quadrilha de corruptos”.

“Vocês já sabem que a presidenta não cometeu nenhum crime. Nada foi encontrado, e a maior prova disso é que a oposição começou, desde o ano passado, uma campanha pelo impeachment sem ter nenhuma acusação. Passaram um ano buscando acusação e recorreram a artifícios bancários para ter o que dizer”, argumentou Solla.

Deputado Jorge Solla defendeu voto contra impeachment (Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)

Deputado Jorge Solla defendeu voto contra impeachment (Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)

“Vocês já sabem que se ela viesse a ser afastada – e não será – quem vai assumir será uma dupla já envolvida na Lava Jato. Um, inclusive, já denunciou o outro”, afirmou. Ele se referia ao episódio da troca de mensagens de texto em celular do presidente da OAS, Léo Pinheiro, e o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Nelas, Cunha reclama que o empreiteiro “pagou a Temer e deixou inadvertidamente adiado o repasse a outros líderes”. Cunha teria cobrado de Léo Pinheiro por ter pago R$ 5 milhões, de uma vez, a Michel Temer, tendo adiado o compromisso com a ‘turma’.

Solla se mostrou otimista, reforçando que, no domingo, estará na rua mobilizado o povo brasileiro, dizendo não ao golpe.

Em seguida, falou a deputada Maria do Rosário (PT – RS). “O processo que se encontra à mesa é eivado por contradições e mentiras. Comete-se, nesta Câmara, o pior crime: um julgamento viciado, que ataca sem provas e procura cassar a presidenta da República sem crimes políticos para que um vice-presidente, sem votos, ocupe o seu lugar”.

(Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados)

(Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados)

A deputada criticou também “aqueles que hoje, sem pudor, à luz do dia, armam golpes, apresentam programas desrespeitam a Constituição e pensam que o Brasil vai aceitar o golpe”. “A unidade de uma nação não se faz sem um povo. Não se faz com um encontro de uma casta ou um classe privilegiada que despreza 54 milhões de eleiotres. Esta Câmara não pode se transforar em um Colégio Eleitoral. Os senhores querem eleger Michel Temer, um conspirador, um traidor da nação, um corrupto”, concluiu.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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