Ação Global anti-Davos reúne políticos e líderes populares
A força da militância nas ruas e o golpe neoliberal que será concretizado com a não candidatura de Lula foram o assunto principal
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Na tarde desta terça (23), aconteceu a Ação Global Anti Davos – Contra o Ataque Neoliberal, com presença de políticos e movimentos sociais. O ato é uma previa do Fórum Social Mundial, que será realizado em março na cidade de Salvador (BA).
O Senador Roberto Requião (PMDB) iniciou o evento contextualizando sobre os países neoliberais no mundo e denunciando os ataques no Brasil, além de lembrar que a Operação Lava Jato não tem a função de barrar a corrupção e sim de impedir a candidatura de Lula: “se finalidade da Lava Jato fosse a corrupção, José Serra não estava solto e muito menos o Aécio Neves; e o Governo Temer já teria caído.” O senador concluiu sua fala afirmando: “defender o Lula hoje é defender a democracia, o estado social e a soberania de um país como o nosso Brasil.”
Convocações para a presença da população nos atos foram o destaque na maioria das falas. O líder do MTST Guilherme Boulos destacou a importância da militância nas ruas do país para barrar o projeto neoliberal que está sendo imposto. “O que está em jogo aqui é o futuro da democracia do nosso país, que nós temos que defender com unhas e dentes nas ruas e de todas as formas que for necessário. A lição que é preciso aprender desse processo, desse golpe, e de tudo que estão fazendo, é que não basta a disputa nas instituições. Derrotar esse projeto vai depender da nossa força e presença de rua nos 4 cantos aqui em Porto Alegre, e em cada cidade brasileira.”
Críticas ao atual governo golpista também estiveram presente em todas as falas, o senador Paulo Paim ( PT-RS) criticou a reforma trabalhista aprovada com manobras do governo “a reforma trabalhista é o maior crime q eu já vi na minha vida, nos meus 77 anos.”
Entre os presentes estava a pré candidata à presidência da república pelo PCdoB, Manuela D’Avila, que criticou a forma como o Judiciário está conduzindo o processo e ressaltou a importância do ex-presidente como candidato e defendeu que Lula deve ser julgado nas urnas. “O juízo político se dá nas urnas e é a esse juízo ao qual Lula deve ser submetido.”
Também participaram do evento a representante do MST Eliane Moura; Marianna Dias, presidenta da UNE; o ex-governador da Bahia Jacques Wagner; o professor da Universidade de Coimbra Antonio Nunes; e a deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA).
Gilberto Leal, membro do grupo facilitador do Fórum Social Mundial, terminou o evento convocando todos os presentes para a Grande Marcha na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, com presença do ex- presidente Lula.
Da redação da Agencia PT