Aloizio Mercadante vai presidir o BNDES para promover o desenvolvimento

Presidente da Fundação Perseu Abramo, o economista e ex-ministro Aloizio Mercadante assumirá o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no próximo Governo Lula. Coordenador do programa de governo e dos 31 Grupos Técnicos do Gabinete de Transição, Mercadante terá a missão de recolocar nos trilhos a instituição, responsável pelo fomento aos setores produtivos da economia.

“Precisamos de alguém que pense em desenvolvimento, em reindustrializar esse país, em inovação tecnológica, em financiamento ao pequeno, médio e grande empresário, para que o país volte a gerar emprego”, afirmou Lula ao confirmar o nome de Mercadante, durante o evento de encerramento dos trabalhos dos Grupos Técnicos, no último dia 13.

“Tivemos 940 pessoas aqui e por que não houve ruído, crise?”, perguntou Mercadante. “Porque há uma história longa de militância nesse processo, 13 anos de governo, um acúmulo de políticas públicas, com ministros, ex-ministros, secretários, militantes, lideranças de movimentos”, explicou o futuro chefe do BNDES durante o evento.

Mercadante frisou que todas as áreas sobre a quais o Gabinete de Transição se deteve carecem de recursos. “Quem está pagando a conta desse apagão fiscal são os pobres, aqueles que mais precisam do Estado, de políticas públicas de qualidade. Mas esse governo vai reconstruir esse país, retomar a esperança e mudar a história do Brasil.”

Formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre pela Universidade de Campinas (Unicamp), Mercadante militava na política estudantil quando fez parte do grupo de fundadores do PT, em 1980. Foi vice-presidente nacional e secretário de Relações Internacionais do partido.

Em 1991, Mercadante assumiu o mandato de deputado federal pela primeira vez. Voltou à Câmara dos Deputados em 1999. Também foi senador por São Paulo entre 2003 e 2011. Em 2011, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, Mercadante comandou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Um ano depois, foi nomeado por Dilma ministro da Educação. Em 2014, ele assumiu a Casa Civil, voltando ao MEC em 2015.

Da Redação