Álvaro Maciel: um racismo danado
“O ministro se acostumou a acusar a classe pobre do país; formada em sua maioria por negros e negras; quando se refere às crises”
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O Ministro Paulo Guedes fez mais uma fala preconceituosa contra a classe trabalhadora. Dessa vez implicou com o fato de empregadas domésticas há um tempo atrás poderem visitar a Disneylândia. Uma relevante demonstração do racismo estrutural do Brasil.
Na verdade a entrevista realizada no Seminário de Abertura do Ano Legislativo da Revista Voto, em Brasília, nesta quarta feira (12), tinha como objetivo passar à população uma explicação para a alta do dólar e os desajustes da economia. Uma prática comum aos ministros da economia de países sérios.
Mais uma vez, Guedes se perdeu. Seus argumentos foram fracos e, então, ele entrou com a versão que dólar alto é bom, pois inibe viagens ao exterior e estimula o turismo interno. Uma bravata para dissimular o fracasso de sua gestão, que não gera empregos e mantém milhares de pessoas abaixo da linha da pobreza.
A pior parte foi sua declaração racista, com discriminação às empregadas domésticas, como se essa classe de trabalhadoras não tivesse direito de programar viagens ao exterior: “Era empregada doméstica indo pra Disneylândia. Uma festa danada”.
Sou filho e sobrinho de domésticas que lutaram arduamente para manter seus lares e educar seus filhos de forma honrosa. Seus descendentes continuam firmes na linha do “trabalhar/estudar” e muitos já ocupam posições de destaque em empresas e no serviço público. Essas mulheres merecem respeito.
Guedes já atacou os “pobres” e os “servidores públicos” tentando responsabilizá-los pelos males oriundos da má gestão do governo federal.
O Ministro se acostumou a acusar a classe pobre do país; formada em sua maioria por negros e negras; quando se refere às crises econômica, ambiental ou previdenciária, dentre outras. Um verdadeiro Canalha.
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Álvaro Maciel é compositor, administrador MBA em Gestão Cultural