Analfabetismo teve queda em todas as regiões do país

A taxa de analfabetismo caiu em todas regiões e faixas etárias do país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (18).

Em 2012, a taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais era de 8,7%. Em 2013 passou para 8,3%, uma redução de 297,7 mil analfabetos. “O Brasil não está mais produzindo analfabetos. Nosso desafio agora é garantir o aumento do ritmo de redução”, comemorou o ministro da Educação, José Henrique Paim.

Entre os 15 e 19 anos, a taxa caiu para 1% em 2013. Para a presidenta Dilma, esse é um fato a ser comemorado: “Isso significa que o analfabetismo caiu e que a torneira que produzia analfabetos foi fechada”, alertou.

A pesquisa mostra que ainda há cerca de 13 milhões de pessoas que não sabem ler e escrever. A maior taxa de analfabetismo está entre a população de mais idade , apesar de também apresentar queda – 23,9% entre as pessoas com 60 anos ou mais e 9,2% na faixa entre 40 e 59 anos.

Para a presidenta Dilma, a redução entre essa população é mais lenta: “Mas isso não significa que desistimos deles. Pelo contrário, temos que insistir e viabilizar a entrada deles no mundo das letras, pois isso é essencial para a cidadania”, disse.

O analfabetismo teve queda em todas as regiões do país. No Centro-Oeste, o índice caiu de 6,7% para 6,5%. No Sudeste, foi de 4,8% para 4,7%. No Sul, a taxa caiu de 4,4% para 4,2.

A queda foi mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste. No Norte o índice foi de 10% para 9,5% e no Nordeste, de 17,4% para 16,6%.

Outro avanço foi na taxa de escolarização, que registrou aumento em todas as faixas-etárias. Entre crianças de 4 e 5 anos de idade o aumento foi de 3,1%, passando de 78,1% para 81,2%. Na faixa de 6 a 14 anos, o percentual subiu de 98,2% para 98,4%. Entre 15 e 17 anos, foi de 84,2% para 84,3%.

O número médio de anos de estudo também aumentou, de 7,5, em 2012, foi para 7,7 no ano passado. As mulheres têm média maior, de 7,9 anos. Os homens tem taxa de 7,4 anos de estudo.

2001 a 2013 – Os dados do IBGE mostra uma comparação com 2001, que mostra uma queda acentuada no analfabetismo – Nesta comparação, a taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais diminuiu de 12,4% em 2001 e para 8,2% em 2013, o que corresponde a uma redução de 2,7 milhões de analfabetos. Nos dados completos, a taxa de 2013 ficou em 8,3%.
Por Aline Baeza, da Agencia PT de Notícias