Antônio Roberto da Silva: Contribuição para reorganização do PT

Uma contribuição para ajudar na reorganização do Partido dos Trabalhadores:

1 – Avaliar o partido pelo último resultado eleitoral?
2 – Avaliar o partido pelos últimos 14 anos de mandato do Presidente Lula e da presidenta Dilma?
3 – Avaliar o partido institucionalmente?

Opção 1: Foi um desastre perdemos muito eleitoralmente em todo o Brasil de norte a sul, nossas candidaturas sucumbiram perante o grande ataque dos anti-petistas e da grande mídia. Foi uma derrota gigantesca, mas alguns já previam este apocalipse.

Perdemos cidades importantes que já estávamos governando a muito tempo e algumas em reeleição, em outras ex-petista que se desfilaram para concorrer por outro partido.
Os nossos aliados nacionais e locais não nos queriam, tínhamos que esconder nossa marca, para tentarmos fazer uma campanha mais pessoal, nossas lideranças ficaram acuadas, nossos discursos e proposta a população no geral não queriam ouvir.

Alguns se salvaram, conseguiram se eleger a prefeito ou vereador, mas foi a minoria, em uma campanha com um nível de ataque de outros partidos beirando o ódio.

Opção 2: Nestes anos de mandatos, conseguimos fazer mudanças profundas neste pais, estas mudanças levaram o Brasil a tamanho crescimento, desenvolvimento social e distribuição de renda, que até o mais otimistas não imaginavam.

O partido achou que estas transformações sociais, daria conta do processo eleitoral por um longo tempo a seu favor, em todo o pai, pois as filiações aumentavam em uma proporção gigantesca.

E com isto o Partido dos Trabalhadores deixou de aprofundar algumas questões como participação popular, movimentos sociais, políticas de alianças, planejamento estratégico. Se acomodando na pauta do governo que causou um distanciamento enorme na base partidária.

Este distanciamento para base partidária já havia acontecido, em menores proporção, em algumas cidades onde o partido governava.

A direita através de alguns aliados nossos e ex-petistas, perceberam esta nossa vulnerabilidade, começaram por ai a derrocada do segundo mandato da Presidenta Dilma que aconteceu de maneira até grotesca.

Opção 3: Avaliar o partido, suas direções e propor mudanças é urgentíssimo, e estamos no tempo certo para tal, para que possamos nos recompor rapidamente.

As desfiliações do partido neste momento, estão no mesmo ritmo das filiações de outrora, quando estávamos com o governo do Presidente Lula e da Presidenta Dilma. Estas desfiliações estão atingindo todos os diretórios, seja ele nacional, estadual ou municipal.

Com estas desfiliações somos abrigado a seguir com as direções desfalcadas e incompletas, acumulando funções.

As Tendências (correntes), se fundem, se desfazem e montam outra, e estão em um alto grau de disputa por espaço, que as vezes até confundimos se estamos no mesmo partido de tanta rivalidade. E fica até insuportável o dialogo mais solidário e fraterno, como era anteriormente.

O tamanho das Direções municipais não viabiliza os quórum necessários ou real para dar encaminhamentos.
Temos que rever as Direções e reformular suas estruturas, adequando elas a realidade vivida em cada região assim, nos fortalecendo. Tipo no Estado de São Paulo tem as Macro-Regiões, esta é nossa realidade. É importante manter esta estrutura? Se sim, temos que transforma-las em verdadeiras instancias e reestrutura-las.

Como o antigo filósofo chinês Lao Tsé disse: “Conhecer os outros é inteligência, conhecer a si mesmo é sabedoria; dominar os outros é força, dominar a si mesmo é poder.”

Antônio Roberto da Silva, filiado ao Diretório municipal de Rio Claro/SP e vice coordenador da Macro Campinas, para Tribuna de Debates do VI Congresso. Saiba como participar.

ATENÇÃO: ideias e opiniões emitidas nos artigos da Tribuna de Debates do PT são de exclusiva responsabilidade dos autores, não representando oficialmente a visão do Partido dos Trabalhadores