Apagão científico: “Haverá graves prejuízos para pesquisa e educação”
No plenário da Câmara, o deputado Paulão (PT-AL) denunciou o corte de R$ 600 milhões “praticado pelo presidente genocida Bolsonaro” na área de ciência e tecnologia
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O deputado Paulão (PT-AL), em discurso na sessão da última quarta-feira (13), criticou o corte de R$ 600 milhões “praticado pelo presidente genocida Bolsonaro” na área de ciência e tecnologia. Ele alertou que esse corte vai ter consequências muito graves para o nosso desenvolvimento tecnológico e para a nossa educação. “Esse corte está afetando as universidades federais, os institutos federais, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro), instituições que são referência no campo nacional e internacional”, afirmou.
Na avaliação do deputado, esse processo vai ter consequência nas bolsas de especialização, nos mestrados, nos doutorados. As pesquisas serão paralisadas, inclusive no campo das vacinas. “Esta Casa tem-se debruçado — principalmente a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização e o Plenário — para fazer essa reparação, porque o grande corte está beneficiando o chamado ‘orçamento paralelo’. Nunca na história tivemos um ‘orçamento paralelo’ controlado principalmente pela bancada do Centrão”, protestou.
Paulão disse que esse “orçamento paralelo” irá fazer o “toma lá, dá cá” no processo eleitoral nas próximas eleições. “Aí fica um orçamento de bilhões para o ‘orçamento paralelo’ na mão do Centrão. Enquanto isso, a ciência e a tecnologia estão paralisadas. Repito: vacinas poderão ser prejudicadas, enquanto o mundo faz pesquisas, o Brasil está paralisado. Eu considero isso um crime”, criticou.
O deputado do PT alagoano reforçou que o presidente Bolsonaro, “sim, é genocida” e afirmou que tem certeza de que se ele não for julgado no campo nacional, “porque esta Casa está sentada sobre mais de 130 pedidos de impedimentos, eu não tenho dúvida que no plano internacional ele será julgado pelo crime, pela irresponsabilidade de não respeitar a ciência e ter, como consequência, 600 mil vidas perdidas no Brasil”.
Do PT na Câmara