Após 8 meses, Sindicato do ABC volta a ser palco de resistência por Lula
Palco de lutas históricas, “primeira casa” do ex-presidente mantido como preso político desde abril recebe nesta segunda-feira (10) ato em defesa de sua liberdade
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A imagem de Lula nos braços povo, imortalizada pelo registro de Francisco Proner, ainda está viva nas retinas de milhões de brasileiros.
Emblemático e histórico, aquele 7 de abril de 2018, dia em que se confirmou a prisão política e arbitrária do ex-presidente, eternizou também – e ainda mais – o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, local em que o retirante nordestino começou a se transformar numa das figuras mais amadas e respeitadas da política nacional.
Exatos 8 meses depois completados nesta sexta-feira (7), a “primeira casa” do ex-presidente volta a estar no centro das lutas com a realização de ato nesta segunda-feira (10) com a participação de lideranças nacionais e internacionais, movimentos sociais, outros sindicatos e, claro, a militância.
Ainda que não esteja de corpo presente, a expectativa é que o manifesto faça valer um dos pedidos do próprio Lula antes de se apresentar à Polícia Federal para proteger a integridade física da multidão que ali se aglomerara: “A partir de agora eu falarei pela voz de vocês”. Com o retorno do povo ao local, ficará claro que o nome do ex-presidente jamais sairá dos corações e mentes de milhões de brasileiros e brasileiras.
Quatro décadas de história
O ato da próxima segunda, que terá mais uma vez a participação em massa dos movimentos sociais, escreverá uma nova página na trajetória do sindicato que abrigou e protegeu o seu então presidente Luiz Inácio Lula da Silva dos ataques dos militares no início dos anos 1980.
Foi lá que o metalúrgico teve sua prisão decretada por liderar uma grande paralisação em todo o ABC. O cárcere na ocasião durou 31 dias e só foi interrompido diante da repercussão negativa e da enorme pressão popular. 38 anos depois, uma nova prisão no mesmo local levaria novamente milhares de pessoas às ruas em sua defesa. E é contra esta perseguição que agora o povo se levanta outra vez.
Aos 73 anos, o ex-presidente segue despertando a ira de representantes da elite. Mas segue cada vez mais amado pelos que viram e viveram o Brasil construído por ele.
Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias