Artigo: É preciso testar em massa, defende deputado estadual Betão (PT-MG)

“Só a testagem em massa e periódica vai nos dar as informações corretas sobre as regiões que estão com avanço da contaminação pela covid-19”, argumenta o deputado Betão em projeto apresentado na AL de Minas Gerais para a realização de testes no estado

Assessoria

Deputado Estadual Betão (PT-MG)

Sem a testagem em massa e de forma periódica de toda a população, não tem como sabermos dados reais sobre a pandemia nem como fazer o efetivo controle da pandemia no Brasil.

Com governos que claramente desmereceram o poder da realização de testes, o Brasil segue sem testagem, sem vacina e sem um projeto claro de imunização. País esse que antes do governo Bolsonaro era referência mundial pelo Programa Nacional de Imunização.

Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Brasil errou e muito ao não investir na testagem em massa e a falta de identificação da doença em toda a população contribuiu para o avanço da covid-19, o aumento de casos graves e também do número de mortos no Brasil.

Os dados são alarmantes, porque além da queda mensal do número de testes feitos pelo poder público, o país fez, em média, 11,3 testes do tipo RT-PCR para detectar a Covid-19 a cada 100 mil habitantes.

Em Minas, o governador Romeu Zema alega que a testagem é algo caro e “inviável”, mas essa mesma gestão apostou na construção de um hospital de campanha, instalado na capital mineira, que não teve nenhuma utilização.

A situação no Estado só piora com o avanço da covid-19 e a capital mineira, Belo Horizonte, a partir da semana que vem volta a fechar o comércio deixando só as atividades essenciais. Isso é resultado do aumento da ocupação de leitos que é superior à 86%.

Recentemente vimos também que sob a gestão do Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o Brasil quase mandou na lixeira cerca de 6,8 milhões de testes, prestes de terem o prazo de validade vencido.

Isso é muito pouco e não ajuda em quase nada da identificação dos números de contaminados e quais são as áreas que precisam de maior intervenção do poder público.

Em Minas, nosso mandato, além de estar atento às necessidades estruturais dos municípios, enviado emendas parlamentares prioritariamente para municípios que precisam de recursos para a saúde, a luta tem sido para a aprovação do Projeto de Lei 2.229/2020 que obriga o Estado de Minas Gerais a realizar testes em massa para identificar a Covid-19.

O PL, apresentado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais é mais que uma necessidade, é uma urgência. No projeto cobro que o Estado de Minas Gerais a realize testes em massa para identificar a Covid-19 de maneira periódica, a cada 15 dias, em toda a população, tendo como prioridade os profissionais de saúde da rede pública e privada e os profissionais que atuam na linha de frente das medidas de combate à pandemia no Estado.

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No levantamento da Fiocruz ficou claro: o Brasil falhou na estratégia de testagem em massa para Covid-19 ao longo da pandemia em pelo menos três pontos fundamentais.

Um deles foi a falta de planejamento para compra de testes rápidos para a testagem em massa, no lugar dos do tipo RT-PCR e também a ausência de indicadores confiáveis sobre os dados.

Outro problema apresentado na pesquisa é quanto a falta da centralização na compra e distribuição dos testes, que “fragmentou a informação” sobre o avanço da pandemia.

Em Minas, até dezembro, cerca de 2 mil testes poderiam ir para o lixo por estarem vencidos. O governo de estado tem que parar que achar que a testagem em massa é algo “sem condições”, e que Estado não tem recursos para bancar testes, estratégia adotada com sucesso em países como a Coreia do Sul. Sem condições é ficarmos as escuras, com mais de 12 mil óbitos e com mais de 564 mil contaminados.

Só a testagem em massa e periódica vai nos dar as informações corretas sobre as regiões que estão com avanço da contaminação pela covid-19, as quais precisam intensificar ou não o isolamento social e qual o correto monitoramento da pandemia.

Sem teste e sem vacina, o Brasil irá perder o que de melhor ele tem, que é o povo brasileiro. Basta de gestões irresponsáveis o povo brasileiro, que já sobre tanto com a volta da fome e do desemprego, não merece morrer pela ausência da gestão e controle da pandemia.

Da Assessoria do deputado estadual Betão (PT-MG)

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