Ary Vanazzi denuncia descaso de gestão tucana em São Leopoldo
Atual prefeito do município assumiu a prefeitura praticamente falida, com salários atrasados, contratos superfaturados e sem programas sociais
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Eleito pela terceira vez prefeito de São Leopoldo, cidade localizada a 30 quilômetros de Porto Alegre (RS), o petista Ary Vanazzi tornou o município uma aldeia de resistência à política fascista e golpista que toma conta do país.
Ary herdou uma prefeitura praticamente falida, com salários atrasados, contratos superfaturados, abandono de programas sociais e retirada da participação popular na gestão do município.
“Recebemos a prefeitura destruída e falida. Os projetos que nós tínhamos iniciado foram abandonados, o ex-prefeito Aníbal Moacir (PSDB) abandonou a estação de tratamento que inauguramos, não pagou os funcionários públicos e não implantou nenhum projeto de moradia popular. Isso aumentou enormemente as ocupações populares, a favelização e a violência na cidade”, diz.
Vanazzi foi eleito em 2005 e reeleito em 2008 com 78% dos votos e ressalta que entregou a cidade com os serviços organizados, com ativa participação popular e valorização dos movimentos sociais, além de grande investimento social, resultado do apoio dos governos Lula e Dilma Rousseff.
“Fizemos bons e grandes projetos com o apoio de Lula e Dilma. Construímos 10 mil casas populares em oito anos por meio do Programa Minha Casa Minha Vida. Foi uma revolução habitacional e social. Nós tivemos a captação de 1 bilhão de reais para a cidade de São Leopoldo. O Lula, inclusive, esteve aqui para inaugurar a primeira estação de tratamento de esgoto. A Dilma também visitou a cidade para inaugurar algumas obras do PAC”, lembra.
O prefeito também lembra que, em 2005, o município tinha a maior taxa de homicídios do Rio Grande do Sul e, quando concluiu sua gestão, em 2012, São Leopoldo passou a ocupar a 10ª posição. Já neste ano, com o fim dos investimentos sociais e abandono da gestão tucana, São Leopoldo passou a ser a terceira cidade com mais homicídios no Estado.
Aos poucos, Ary Vanazzi vem reorganizando a cidade e buscando novas formas de captação de recursos, além de recuperação da participação popular.
“O funcionalismo público também teve quatro anos de muita repressão, enfrentamento, violência e com salários e férias atrasados. Em seis meses de gestão, consegui regularizar 65% da folha de pagamento deles. Acredito que até setembro estará tudo em dia. Além de reorganizar os serviços na cidade também”, diz.
Além disso, Vanazzi também conta que uma auditoria está sendo feita na Prefeitura para investigar possíveis contratos superfaturados.
“Vamos ter que pagar em 70, 80 meses porque foram mais de 200 milhões de reais em dívidas. E essa dívida astronômica foi contraída sem fazer obras, somente com serviços em contratos superfaturados”, explica.
Ary ainda destaca que toda a reorganização do município tem sido feita sem qualquer apoio estadual ou federal direitista do PMDB, além da agenda golpista jurídico-midiática.
“Os governos federal e estadual não existem na política atual. Eles destruíram as políticas públicas e esqueceram os municípios. Nada funciona. É muito grave a degradação da política nacional em relação ao nosso município. No estado também não há nenhum programa implantado desde que o atual governador Sartori assumiu”, afirma.
Aldeia de resistência petista
Além da reorganização do município, Ary tem lutado contra a retirada de direitos, fruto do golpe político-midiático.
“As cidades de Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo e Novo Hamburgo formam um eixo de 25 km, com 3 milhões de gaúchos. Em 2005, eu fui o único prefeito do PT na região. Já em 2008, nós elegemos todos os prefeitos. A nossa experiência aqui em São Leopoldo irradiou uma política muito boa. Atualmente, só temos Sapucaia e São Leopoldo, por isso priorizamos uma atividade de resistência na região com forte debate político”, explica.
Para reforçar a resistência, o prefeito decretou ponto facultativo nos dias de Greve Geral e chama constantemente a população a se engajar no movimento.
“Fechamos a Prefeitura e fizemos greve. A luta continua e a resistência é necessária”, finaliza.
Da Redação da Agência PT de Notícias