Auxiliares de Pedro Taques (PSDB) são presos por “arapongagem”
Membros do primeiro escalão do governo do Mato Grosso quebravam ilegalmente sigilo telefônico de jornalistas, adversários políticos e empresários
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A atuação ilegal de auxiliares do governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), foi desmascarada na sexta-feira (22), abrindo uma crise política no Palácio dos Paiaguás que já envolve o primeiro escalão do governo.
O Tribunal de Justiça do Mato Grosso decretou mandato de prisão preventiva de investigados por envolvimento em escutas ilegais, em um esquema conhecido como “barriga de aluguel” (quando números de cidadãos que estão fora de investigações são inseridos em quebras telefônicas).
A lista inclui nomes como o do chefe da Casa Militar do Governo, coronel Evandro Lesco, o do corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Correa Mendes, e o do Diretor de Inteligência, tenente-coronel Victor Paulo Fortes foram preso
As quebras teriam sido viabilizadas com a anuência de outros membros do governo. A Procuradoria Geral da República também investiga o caso.
Arapongas
O objetivo do esquema era quebrar sigilos telefônicos de adversários políticos, empresários e jornalistas. No caso da denúncia que culminou com a prisão preventiva dos envolvidos, eles utilizaram uma investigação de tráfico de drogas para fazer as escutas clandestinas de algumas pessoas.
Em maio deste ano, o governador chegou a ser envolvido diretamente no esquema de “arapongagem”, mas ele nega. O ex-secretário de Segurança Mauro Zaque chegou a garantir que todo o esquema era feito com anuência do Palácio dos Paiaguás.
Da Redação da Agência PT de Notícias com MídiaNews.com.br