Avanços na saúde pública fazem a diferença na vida das pessoas, diz Gleisi

Em discurso no plenário, Gleisi apresentou um balanço das principais iniciativas na área, como o programa Mais Médicos, responsável por assegurar a presença da atenção básica em todos os municípios do País

Imagem: Agência Senado

Os avanços no campo da saúde conquistados nos governos Lula e Dilma fazem a diferença na vida das pessoas, ampliam o bem-estar e resgatam um direito básico de todos os brasileiros, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que nesta segunda-feira (26) — primeiro aniversário da reeleição da presidenta Dilma Rousseff — apresentou um balanço das principais iniciativas na área, como o programa Mais Médicos, responsável por assegurar a presença da atenção básica em todos os municípios do País.

Como ministra-chefe da Casa Civil (cargo que ocupou até fevereiro do ano passado), Gleisi acompanhou e ajudou a estruturar o Mais Médicos, que considera “um dos programas mais bonitos” colocados em prática pelo governo, assim como o Viver sem Limite, dirigido às pessoas com deficiência. Em cerca de dois anos de funcionamento, o Mais Médicos já beneficiou 60 milhões de brasileiros atendidos nos postos de saúde de todo Brasil.

Atualmente, são 18.240 médicos no programa, “que não tem similar no mundo”, lembrou a senadora. “Mesmo que outros países tenham feito convênios similares com Cuba e tenham adotado a política de trazer profissionais do exterior, nada se compara ao volume que o Brasil estruturou no Mais Médicos”, afirmou ela. Hoje, 4.058 municípios contam com profissionais do programa, o que permitiu que o Brasil simplesmente zerasse o número de municípios sem médicos.

“Passamos muito tempo com muitos municípios sem ter pelo menos um médico atendendo no chamado postinho de saúde. Hoje nós temos esses médicos, que atendem bem à população”, lembrou Gleisi. Mas o programa foi muito mais além, já que além dos profissionais, o governo federal repassou aos municípios os recursos necessários à reforma, ampliação ou mesmo construção desses postos de saúde, que hoje somam 40.989 em todo o Brasil — dessas, 2.241 unidades foram construídas a partir de 2011. Outras 16.053 foram reformadas ou ampliadas. Além disso, atualmente há 7.700 Unidades Básicas de Saúde em construção no País.

“Só trazer o médico já seria um feito, pois o que mais tenho ouvido, nas minhas visitas aos municípios, são depoimentos da população satisfeita”. Como relata Gleisi, mudou a presença do profissional no posto, que agora é contínua, mudou o tempo de espera, que foi reduzido, mudou o tempo e a qualidade da consulta, que agora é mais detida, atenciosa e proveitosa. “As consultas são sempre por mais de meia hora. O médico examina, pergunta, orienta sobre alimentação e atividade física, ouve o paciente que, geralmente, já sai com um diagnóstico”, relatou a senadora—muito diferente dos atendimentos que praticamente se limitavam ao fornecimento da guia de requisição para consulta com um especialista, para o qual só haveria vaga depois de longa espera.

O resultado dessa mudança é que o número de encaminhamento de pacientes para especialistas caiu na rede pública de saúde, assim como a remoção para hospitais. “Estamos tendo mais solução na Unidade Básica de Saúde”, comemorou Gleisi, que fez questão de agradecer a todos os 18.240 médicos que estão atendendo a população brasileira por meio do programa Mais Médicos. “São muitos médicos brasileiros, argentinos, mexicanos e muitos médicos cubanos”.
Agradecimento a Cuba

Ela também agradeceu a Cuba — população e governo — pelo convênio que viabilizou o programa, assegurando os profissionais que hoje atendem na Amazônia, em rincões mais distantes dos diversos estados, em comunidades indígenas e nas periferias das grandes cidades.

Gleisi também elogiou a presidenta Dilma pela “coragem e ousadia” de enfrentar todos os ataques e conseguir implantar o programa. “Não foi fácil. Eu estava na Casa Civil e lembro das críticas dos médicos brasileiros, que achavam que nós estávamos trazendo médicos para tomar o lugar deles, e não era isso”. Ela também destacou a dificuldade para aprovar o programa. “Recebemos muitas críticas deste Congresso Nacional e quase não conseguíamos aprovar o projeto de lei na Câmara dos Deputados e depois no Senado”.

Na área de saúde bucal, o País também conta com o Brasil Sorridente, implantado no governo Lula. Atualmente há 24.444 equipes de saúde bucal atuando no País. “Talvez, para muitos isso não seja tão importante. Mas para aquela pessoa que não tinha dinheiro para ir ao dentista, foi fundamental para mudar sua qualidade de vida”. São 1.034 centros de especialidades odontológicas. O atendimento começa no posto de saúde, cuja maioria conta com dentistas. Para tratamentos mais complexos o paciente é encaminhado a um centro odontológico onde é possível fazer até próteses e implantes.

Outro ponto destacado por Gleisi foi a formação de profissionais de saúde. De 2012 até agora foram criadas 5.306 vagas de cursos de graduação em medicina, tanto nas universidades públicas como nas universidades privadas. Também foram criadas 4.637 vagas de residência médica. A meta é ter 11 mil vagas nos cursos de medicina. “Isto vai fazer a diferença da qualidade de vida do povo brasileiro: criar vagas de medicina, formar médicos no Brasil e não deixar faltar médicos nas unidades básicas de saúde”, afirmou a senadora.

Com mudanças como essas, Gleisi perguntou aos membros da oposição como é possível dizer que tudo está ruim no Brasil. “Como dizer que nada funciona? Não estão funcionando os médicos do Mais Médicos? Não estão funcionando as Unidades Básicas de Saúde reformadas e ampliadas?”. A senadora não obteve resposta a seu questionamento.

Por Cyntia Campos, do PT no Senado

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