Centrais cobram do governo apoio à agenda dos trabalhadores
Os temas da agenda da classe trabalhadora voltaram à mesa de negociação com o governo federal na última quinta-feira (8), quando representantes das centrais sindicais e os deputados Assis Melo (PCdoB-RS), Francisco Chagas (PT-SP), Vicente Cândido (PT-SP) e Amauri Teixeira (PT-BA) foram recebidos em audiência pelo ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, que também é oriundo do movimento sindical.
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Berzoini assumiu o compromisso de levar os temas para os demais ministros que estão à frente das tratativas com os trabalhadores. Os dirigentes sindicais da CUT, CTB, UGT, Nova Central, CSB e do Dieese e DIAP, ao lado dos parlamentares, pediram diálogo permanente com o governo na construção de uma pauta positiva que traga conquistas e a ampliação de direitos para os trabalhadores. Os líderes entregaram uma pauta de reivindicações condensada com 80 itens.
Assis destacou ter conversado esta semana com o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), que informou ao comunista a possibilidade de entrar em pauta a votação do projeto sobre a igualdade de gênero no trabalho na próxima semana.
Berzoini assumiu o compromisso de debater os temas com os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Manoel Dias, do Ministério do Trabalho, que estão à frente da articulação política do governo Dilma Rousseff nas tratativas com os movimentos sindicais. Berzoini afirmou que conhece muitas das matérias e levaria a sua opinião ao núcleo do governo.
O ministro propôs marcar uma reunião, para a próxima semana, com Carvalho e Manoel Dias, enquanto os parlamentares assumiram o compromisso de voltar a se reunir com Henrique Alves também na próxima semana para debater a construção de uma pauta de votação positiva para a classe trabalhadora.
Pauta dos trabalhadores
Entre os temas, destacam a correção justa da tabela de Imposto Renda (IR), votação do projeto que estabelece igualdade entre homens e mulheres nas relações de trabalho, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário e regulamentação do trabalho doméstico.
Também faz parte da pauta dos trabalhadores, a liberação remunerada dos servidores públicos para exercerem a atividade sindical, com direito à negociação coletiva, e a ratificação das convenções 151, que trata da negociação coletiva e direito de greve no serviço público, e 158, que versa sobre a demissão imotivada, da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Os sindicalistas e parlamentares pediram ainda apoio do Planalto na rejeição do projeto de lei que trata da terceirização.
(Fonte: Portal Vermelho)