Contra a PEC do Morto-vivo!
Em artigo, o Secretário Sindical Nacional, Indalécio Wanderley Silva, mostra que o governo usurpador quer transformar o contribuinte/beneficiário da Previdência Social num morto-vivo, pois, dificilmente receberá o benefício antes de sua morte! Contra a PEC do morto-vivo ou PEC do zumbi (e não o de Palmares que é herói!)
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Reforma de previdência: aos mórbidos trabalhadores, apenas o trabalho. Ou mais um passo para o fim da CTPS!
A Secretaria Sindical Nacional vem acompanhando a inserção da agenda ultraliberal do governo usurpador. A solução deles para a “crise” é tirar direitos, sob o pretexto de reduzir gasto, mas, em verdade estão aprofundando a crise, colocando o povo para pagar a conta ou “o pato” do golpe!
Uma destas perdas de direitos é a chamada “reforma da previdência”, presente na Proposta de Emenda Constitucional ou PEC nº 287/2016, nela um dos muitos prejuízos é a mudança no critério de tempo e idade para se aposentar, aumentando-os. O que afetará a grande maioria da população, urbana e rural.
Ao ler a PEC 287/2016 observamos que a justificativa é o aumento da longevidade da população, com a chamada necessidade orçamentária em conjunto com a vontade de atender ao discurso da mídia que falaciosamente diz que “há déficit” da previdência. Este último um argumento com aparência técnica interessante, mas questionado e comprovado academicamente que não real!!
Este governo usurpador quer mudar o regime previdenciário para que se trabalhe por cerca de meio século, 49 anos, via de regra, para poder ter o tal direito a aposentadoria. Uma mudança abrupta, mas que reflete a vontade de que a maioria pague as contas de uma minoria privilegiada!
Em outras palavras, a previdência deixará de oferecer proteção constitucional ao conjunto majoritário da população para assegurar que seja um fundo compulsório de pagamento para uma minoria de privilegiados (militares, juízes e demais setores de minorias agraciadas), ou àqueles que conseguirem sobreviver (ou quase isso!) a tanto tempo de trabalho com a suas garantias e proteções diminuídas pela PEC, ou seja aos mortos-vivos ou os também chamados e famigerados zumbis(que não é o nosso herói de Palmares, mas os de filmes estadunidense – dá-lhe Tio Sam!).
Ademais, outras proteções como auxilio doença e seguro desemprego estão sendo mudados substancialmente em prazos e condições. Para quem conhece o regime da previdência sabe do seu caráter compulsório, particularmente amarrado com a Carteira de Trabalho. Por isso, amis uma pergunta:
Qual a vantagem de se contribuir para um regime de proteção que não oferece condições reais de proteção? Parece seguro de contra roubo de celular ou de bicicleta, condições quase incumpríveis! Os golpistas dão ao sistema financeiro os/as trabalhadores/as que desejam proteção verdadeira para aposentar-se!
Desta maneira é fácil perceber também mais um ataque à CLT, pois, qual a vantagem de se ter carteira assinada e se sujeitar a um regime de previdência compulsório e para, eventualmente, post mortem ou nunca usufluí-lo?
Percebemos, assim mais um ataque direto à cidadania, pois abre-se mão da proteção de riscos de contribuinte com carteira ou não, para se transformar num “fundão de amparo” aos bem quistos do golpe, que é pago por um conjunto maior que os reais beneficiários.
Um fundo compulsório de previdência estatal para os amigos do golpe e os mórbidos trabalhadores!
Parece bilhete de loteria. Só deverá receber se pagar todo “beneficio” e der a sorte de estar vivo e com saúde mental para fazer uso do mesmo!
Adeus pacotes de viagens, adeus convívio com os netinhos, roda de conversa com dominó, pagamento de remédios!
É o fim dos risos em atividades físicas integradora na comunidade!
É o “cala a boca e vai trabalhar” em sua face ultraliberal golpista! O golpe é contra as avós e avôs, os pais e mães, filhxs e netxs, ou seja, às famílias pagando o pato!
Aos jovens de ontem hoje e amanhã resta trabalhar, trabalhar e trabalhar!
Contra a PEC do morto-vivo, vamos às ruas em nome da democracia, dos direitos e do bem viver!
Fora Temer!
Indalécio Wanderley Silva
Secretário Sindical Nacional