Inclusão social é tema de destaque na Plenária Municipal de boas-vindas aos novos filiados de São Paulo
A primeira filiação de travesti com nome social foi celebrada neste sábado (05/12) na Plenária Municipal de Novos filiados.
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A primeira filiação de travesti com nome social foi celebrada neste sábado (05/12) na Plenária Municipal de Novos filiados. O ato ocorrido na Uninove Vergueiro teve como destaque o papel do Partido dos Trabalhadores na diminuição das desigualdades sociais e no apoio aos movimentos sociais.
Os novos filiados e filiadas Alexandre Pupo, Tatiana Melin, Wilson de Andrade Matos e Aline Marques falaram sobre a decisão de se filiar ao partido. Alexandre 22 anos, falou que a maior parte da vida dele, o PT estava no governo, “porém esses 13 anos de PT no governo é pouco para as mudanças que o país precisa, diante da história do Brasil que viveu 500 anos colonialismo”, disse ele.
A filiação da Aline Marques com nome social foi um marco para o partido como a primeira filiação com nome social de travesti. Aline representou um grupo de travestis presentes que fizeram a filiação no dia. “Quando eu era pequena o meu pai trabalhava muito e sempre me dizia: filha quando você crescer vota neste partido, o Partido dos Trabalhadores”. Aline destacou a importância das ações de inclusão social do partido como o projeto da gestão Haddad Transcidadania: “este ano eu vou me formar no Ensino Fundamental devido ao projeto Transcidadania, para muitos isso pode não ser nada, mas para nós é uma grande conquista”.
Selma Rocha, da direção da Fundação Perseu Abramo, falou sobre o surgimento do PT e das dificuldades enfrentadas para legalizar o partido. “O PT nasceu da luta dos metalúrgicos, dos estudantes, dos ribeirinhos no Amazonas; na luta pela liberdade e igualdade de diretos para as mulheres, negros e gênero. O PT não foi e não é um partido de caciques”. Ela também destacou que o que incomoda muita de gente é a diminuição da desigualdade e a conquista da garantia de direitos da minoria. “O PT não é só um grande partido de esquerda, ele é um patrimônio da sociedade”.
Também compôs a mesa o secretário nacional de Formação Carlos Henrique Árabe que falou sobre a conjuntura atual, e ressaltou a unidade do partido para enfrentar as dificuldades da atual conjuntura. Sobre a questão do Impeachment que segundo ele é um processo de farsa: “Quem está à frente do golpe é um corrupto que quer atingir claramente o direito das mulheres, negros e de quem mais precisa”, disse ele se referindo ao deputado Eduardo Cunha.
Marcaram presença no evento o secretário municipal de saúde Alexandre Padilha, o secretário de Governo Chico Macena, secretário municipal do Trabalho Artur Henrique, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Antônio Donato, a líder do PT na Câmara, a vereadora Juliana Cardoso, os parlamentares Paulo Reis, Jair Tatto e Nilton Tatto.
O presidente do Diretório Municipal do PT-SP Paulo Fiorilo encerrou a plenária falando sobre a importância da militância partidária dos filiados e das filiadas. Destacou as atividades promovidas pelo diretório, como o “PT na Rua” e das novas plenárias de prestação de contas com Haddad prevista para fevereiro e ressaltou que novas plenárias de boas-vindas acontecerão para receber cerca de 7 mil novos filiados na capital paulista.
Contra o fechamento de escolas
O exemplo da manifestação dos estudantes foi citado em diversas falas dos presentes como exemplo da importância da luta e resistência para se obter conquistas sociais. No sábado, o Alckmin publicou decreto que suspende o fechamento de escolas chamado pelo governador tucano de reorganização escolar.
“A escola estadual paulista nunca mais será a mesma depois das ocupações dos estudantes”, disse Maria Izabel Noronha, Bebel, presidente da Apeoesp que complementou: “Os alunos deram uma lição de cidadania e entregaram as escolas limpas e bem cuidadas”.
O presidente do PT da capital, Paulo Fiorilo destacou que o Diretório Municipal esteve presente acompanhando de perto as ocupações e prestando apoio aos movimentos dos estudantes