O PT ante a abstenção do Brasil na votação do bloqueio contra Cuba na ONU
O PT repudia firmemente a abstenção do Brasil na votação da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenou o embargo estadunidense imposto há décadas sobre a irmã República de Cuba. Veja mais.
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O Partido dos Trabalhadores repudia firmemente a abstenção do Brasil na votação da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenou o embargo estadunidense imposto há décadas sobre a irmã República de Cuba, assim como repudiamos a posição brasileira adotada sobre este assunto em 2019.
Nesta quarta-feira, 23 de junho 2021, os países membros da ONU mantiveram sua posição majoritária e incontestável sobre a condenação do embargo, com o seguinte resultado: 184 votos a favor, dois votos contrários (EUA e Israel) e três abstenções (Brasil, Colômbia e Ucrânia).
No ano de 2019, o Brasil foi ainda mais explícito e votou contra a condenação, rompendo com nossa tradição diplomática adotada desde 1992 e seguindo as diretrizes do então chanceler Ernesto Araújo e sua total submissão ao ex-presidente Donald Trump.
Esta aparente mudança de posição entre as duas votações continua não refletindo o verdadeiro legado histórico de nossa diplomacia. Ao contrário, retrata a incapacidade do nosso atual governo em assumir uma postura independente e soberana, respeitando os anos de um trabalho mundialmente reconhecido de profissionais do Itamaraty. Ao abster-se, o governo brasileiro preferiu calar-se ante um flagrante ato de ilegalidade contra a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.
O PT segue determinado na defesa da soberania de Cuba e contra o embargo criminoso imposto pelos EUA a esta nação e seu povo.
Defenderemos uma política internacional brasileira “ativa e altiva”, como foi durante os governos Lula e Dilma, quando alcançamos um grau de reconhecimento internacional sem equiparação anterior, e seguiremos no caminho pela soberania dos povos e a igualdade das nações nas relações internacionais.
Gleisi Hoffmann Romenio Pereira
Presidenta Nacional Secretário de Relações Internacionais
24 de junho de 2021.