Secretaria de Relações Internacionais do PT repudia ingerência imperialista na Venezuela
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O Partido dos Trabalhadores, através de sua Secretaria de Relações Internacionais, repudia e condena a ingerência imperialista nos assuntos internos da Venezuela, comandada pelo presidente estadunidense Donald Trump e obedecida pelos governos subalternos do chamado Grupo de Lima.
A Venezuela e o governo democraticamente eleito do presidente Maduro seguem brutalmente atacados e estão hoje ameaçados em suas próprias fronteiras, depois da turnê intervencionista do Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que evocou os piores momentos da doutrina Monroe contra nosso continente e soberania ao defender golpes militares para resolução das crises provocadas por esses mesmos agentes.
Cabe ao povo venezuelano decidir soberana e democraticamente seu destino, sem interferência ou agressão externa de poderes imperiais que se arrogam “donos” de nosso continente. Apoiamos os apelos para a resolução da situação atual através das eleições convocadas para o mês de abril, realizadas pelas instituições do país, conforme protocolo do processo de diálogos realizado na República Dominicana, construído com o apoio de mediadores como o presidente deste país, companheiro Danilo Medina, e do ex-primeiro-ministro espanhol, José Luiz Zapatero.
Repudiamos ainda a postura subserviente dos chanceleres de 12 dos 35 países da Cúpula das Américas (Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lucia) de cancelar o convite ao presidente venezuelano Nicolás Maduro para a próxima reunião da Cúpula da Américas, a realizar-se em abril na cidade de Lima, que poderá transformar-se em mero convescote do clube de amigos de Donald Trump.
Em passado recente, nosso continente já demonstrou ao mundo, através de governos legítimos e identificados com o povo, sua capacidade de construir soluções democráticas, pacíficas, de cooperação e integração regional. Criamos a CELAC e declaramos a América Latina e Caribe como região de paz, e devemos lutar para manter esses ideais.
Mônica Valente
Secretária de Relações Internacionais
São Paulo, 16 de fevereiro de 2018.