Bolsonaro recria ministérios como barganha pela reforma da Previdência
Jair descumpriu promessa eleitoral e recriou as pastas de Cidades e Integração Nacional, com orçamento de até R$ 4 bilhões; ministros serão escolhidos por deputados
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Jair Bolsonaro (PSL) anunciou mais uma barganha pela reforma da Previdência. A medida – que passou despercebida em meio a repercussão sobre o armamento – recria dois ministérios que terão titulares nomeados pelos líderes do Congresso. Essa é mais uma manobra do governo para tentar criar uma base de apoio que aprove a sua pauta prioritária: a destruição das aposentadorias. A informação foi divulgada pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo nesta terça-feira (08).
A minirreforma ministerial traz de volta as pastas de Cidades e Integração Nacional, que foram extintas pelo próprio Bolsonaro em janeiro. A indicação dos novos ministros vai ficar por conta dos líderes da base do governo.
Deputados ouvidos pela Folha afirmam que o governo se comprometeu com a liberação de R$ 4 bilhões para as pastas até o final do ano – valor que deve ser centralizado para projetos de interesses dos parlamentares. Ainda de acordo com o jornal, a ideia do governo é deixar que os líderes do Congresso sejam mediadores das solicitações de recursos dos ministérios.
Com isso, Bolsonaro que, em campanha, prometeu não fazer alianças ou praticar a “velha política”, consolida do DEM como operador político de seu governo, terceirizando a articulação por uma base pela aprovação da reforma.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Folha de S. Paulo