Boulos aposta em Lula, Marta e mobilização de vereadores para virar votos em SP
Estratégia é mobilizar vereadores em suas regiões eleitorais, para fortalecer a presença de Boulos na periferia, enquanto a vice Marta Suplicy se concentrará na Zona Sul para dialogar com todo o eleitorado, atraindo votos até de adversários
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Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo, e sua vice, Marta Suplicy (PT), planejam intensificar sua presença nos bairros nas próximas semanas, focando em uma estratégia que inclui uma ampla utilização de propaganda eleitoral e debates na televisão, visando conquistar o eleitorado indeciso e reverter votos. Para fortalecer a campanha, Boulos contará com apoios importantes, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-prefeita Marta Suplicy, e mobilização dos vereadores e vereadoras eleitos para atrair votos nas periferias.
O anúncio foi comunicado por Guilherme Boulos em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (07), após o candidato se reunir com parlamentares, lideranças e vereadores aliados em São Paulo. Os vereadores atuarão em suas regiões, visando fortalecer e ampliar a presença de Boulos em áreas periféricas. O vereador Alessandro Guedes (PT), reeleito com 58 mil votos, será responsável pela mobilização em Itaquera, na zona leste. Nesta zona eleitoral, Pablo Marçal (PRTB) venceu com 30,56% dos votos contra 29,55% de Boulos.
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A família Tatto vai intensificar a campanha na zona sul de São Paulo. Durante a coletiva, Boulos destacou a importância da participação do deputado federal Nilto Tatto (PT) e do vereador Jair Tatto, que obteve 30.905 mil votos, para a mobilização no distrito de Grajaú, onde Nunes teve um desempenho melhor que Boulos.
Guilherme Boulos também comentou sobre a participação do presidente Lula no segundo turno. Ele observou que Lula tem uma agenda a cumprir em Brasília e em todo o país, “ao contrário de candidatos inelegíveis que podem acompanhar outras campanhas diariamente”. Boulos também mencionou que, nesta terça-feira (08), iria conversar por telefone com o presidente para ajustar a agenda para o segundo turno. Além disso, a executiva nacional do PT se reuniu hoje para avaliar a participação de Lula neste segundo turno em São Paulo e em outras cidades.
Por fim, Boulos destacou a importância de dialogar com todo o eleitorado, buscando atrair votos tanto de Marçal quanto de Nunes. “Nosso trabalho será dialogar 24 horas por dia, sem descanso, nos quatro cantos da cidade de São Paulo, com todos aqueles que querem mudanças,” ressaltou. Ele também expressou confiança na vitória, afirmando: “Se somarmos os números, fica claro que a maioria votou pela mudança, não pela continuidade.”
Diálogo com eleitores de Marçal
Em entrevista ao UOL News na tarde de segunda-feira (7), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, analisou a disputa eleitoral, afirmando que a eleição está aberta e que Guilherme Boulos (PSOL) tem potencial para buscar votos e dialogar com o eleitorado de Pablo Marçal (PRTB).
Gleisi enfatizou a importância de buscar esses votos, observando que eles não são apenas de um eleitorado da extrema direita, mas incluem uma juventude engajada nas redes sociais, que pode se identificar com as propostas de Boulos.
Legado de Marta Suplicy terá destaque
Marta Suplicy terá um papel estratégico na campanha, focando em fortalecer sua presença, especialmente na zona sul, onde Boulos não venceu no primeiro turno. A campanha também enfatizará o legado de Marta nos bairros, destacando obras realizadas durante sua gestão, como o hospital de Parelheiros, os corredores de ônibus e os CEUs (Centros Educacionais Unificados).
Apoio de Tábata Amaral
Guilherme Boulos (PSOL) agradeceu e disse que sente orgulho pela declaração de voto da deputada Tabata Amaral (PSB). “É um gesto de consciência de quem compreende o que está em jogo e em risco na cidade de São Paulo,” avaliou. Boulos também mencionou a possibilidade de apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin, do mesmo partido.
Debates e propaganda eleitoral
Guilherme Boulos defende a realização de pelo menos nove debates, pois acredita que a falta de destaque de Nunes em debates é uma oportunidade para reforçar suas propostas. Segundo Boulos, Nunes “quer fugir do debate, porque não tem firmeza de posições”. Para Boulos, no segundo turno, há uma “paridade de armas” em termos de tempo de rádio e TV, o que favorece sua campanha, especialmente considerando que Nunes teve 65% do tempo de TV exclusivo no primeiro turno.
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Quanto à propaganda eleitoral, Boulos e Marta Suplicy concentrarão sua narrativa na comparação entre “continuidade”, representada por Ricardo Nunes, e “mudança”, com a candidatura de Boulos. “Nós vamos elucidar ainda para os eleitores quem anda com quem,” referindo-se ao apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro à campanha de Nunes. “Do lado de lá, temos um candidato que acredita que Bolsonaro fez tudo certo na pandemia, que se colocou contra a vacina e que não vê o 8 de janeiro como uma tentativa de golpe. Do lado de cá, nós temos um time que ajudou a resgatar a democracia no Brasil. Eu confio muito que o povo de São Paulo vai optar pela mudança,” finalizou Guilherme Boulos.
Da Redação