Brasil ampliará acolhimento a refugiados sírios
Dos 8,4 mil refugiados de todo o mundo, acolhidos pelo País, os sírios representam 25% do total, com mais de 2 mil pessoas
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O Brasil vai flexibilizar regras de asilo para refugiados sírios, cujo país vive, desde 2011, uma guerra civil. Diante do aumento do número de refugiados e das dificuldades da Europa em enfrentar a crise migratória, o governo brasileiro vai rever condições válidas para todos os estrangeiros como a comprovação de emprego fixo no país de origem e condições financeiras de se manter no País.
Perplexa com a imagem do menino sírio, Aylan Kurdi, a presidenta comentou o episódio durante o encontro do programa Dialoga Brasil, em João Pessoa (PB), na sexta-feira (4), quando, criticou o posicionamento de alguns países da Europa de impedir a entrada de parte dos mais de 350 mil refugiados que se lançaram no mar Mediterrâneo, desde janeiro, em fuga da guerra e da fome.
“Todos vocês viram aquele menininho sírio, de três anos, morto, morto porque não foi acolhido, morto porque foi abandonado, morto porque os países criaram barreiras para a entrada desse menino”, lamentou a presidenta.
Dilma destacou a riqueza e a diversidade genética como traço marcante da identidade brasileira, da qual se deve ter “imenso orgulho”. A presidenta lembrou da contribuição das várias culturas dos cinco continentes para a construção da nação.
“Nós somos um país composto de pessoas que vieram de todas as partes do mundo, além dos povos tradicionais indígenas que aqui estavam. Vieram os negros de vários países da África. Vieram europeus de tudo quando é lugar. Vieram pessoas também da Ásia: japoneses, chineses, e de todas as procedências. E vieram também pessoas do Oriente Médio, árabes, turcos”, enumerou Dilma.
Foi a partir de 2013 que o Conselho Nacional para os Refugiados (Conare), autorizou a entrada de refugiados sírios. Desde então, dos 8.400 refugiados de todo o mundo acolhidos pelo Brasil, os sírios são em 2.077 pessoas, o que representa 25% do total.
Os pedidos de flexibilização das regras foram enviados ao Conare pelas organizações humanitárias Human Rights Watch, Anistia Internacional e Conectas Direitos Humanos. O secretário nacional de Justiça, do Ministério da Justiça (MJ), Beto Almeida, em declaração ao jornal “Folha de São Paulo”, destacou a gravidade da situação e a importância do País colaborar.
“A situação é dramática e o Brasil não pode se furtar de ajudar como puder”, declarou Vasconcelos.
Da Redação da Agência PT de Notícias