Brasil cria 137 mil empregos em janeiro e “surpreende” mercado
Dados do Caged mostram indústria com melhor desempenho desde 2022; em 12 meses, foram 1,65 milhão de novas vagas
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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, confirmou nesta quarta-feira (26) o que já havia parcialmente adiantado com entusiasmo na véspera: o Brasil gerou 137,3 mil vagas formais em janeiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O número, embora 20,7% menor que o registrado no mesmo período de 2024, superou as projeções iniciais do sempre pessimista mercado, que estimavam cerca de 51,5 mil postos. A cifra consolida um início de ano robusto, com a indústria liderando a retomada e sinalizando resiliência.
“Grande notícia!”, celebrou nas redes sociais o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. “Esses números reforçam a consistência das políticas do governo do presidente Lula”.
Grande notícia! Os dados do CAGED revelam saldo positivo de 137.303 empregos com carteira assinada. Destaque para a indústria, com mais de 70 mil novas vagas. Esses números reforçam a consistência das políticas do governo do presidente @Lulaoficial. #MTE #Emprego
— Luiz Marinho (@luizmarinhopt) February 26, 2025
Onde estão os empregos? Setores em alta
Quatro dos cinco principais setores econômicos registraram crescimento na geração de postos de trabalho em janeiro. A indústria emergiu como a grande locomotiva, respondendo por 70,4 mil vagas — mais da metade do total. Em seguida, vieram serviços (45,1 mil), construção civil (38,3 mil) e agropecuária (35,7 mil). O comércio, único com saldo negativo (-52,4 mil), refletiu o fim das contratações temporárias de fim de ano.
Para Marinho, os números refletem políticas públicas alinhadas à reindustrialização. “Resultado muito positivo da indústria, com crescimento contínuo”, afirmou. Nesse ponto, vale citar a importância de programas como o Nova Indústria Brasil e os investimentos em infraestrutura.
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Quanto ao salário médio de admissão, em janeiro o valor foi de R$ 2.251,33, representando um aumento de R$ 89,01 em relação a dezembro de 2024. Esse crescimento reflete a valorização do trabalhador formal e aponta para uma melhora no poder de compra dos brasileiros.
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Mapa regional: Sul e Sudeste no comando
Dos 27 estados, 17 tiveram saldo positivo, com destaque para:
- São Paulo (+36,1 mil),
- Rio Grande do Sul (+26,7 mil),
- Santa Catarina (+23 mil).
Por outro lado, o Rio de Janeiro (-12,9 mil), Pernambuco (-5,2 mil) e Pará (-2,2 mil) foram os estados que registraram maior perda de empregos, evidenciando desafios regionais, como a sazonalidade turística, que ainda precisam ser enfrentados para garantir um crescimento mais homogêneo.
Perspectivas
No acumulado de 12 meses (fevereiro/24 a janeiro/25), o país gerou 1,65 milhão de vagas, aumento de 6,8% ante o período anterior. Apesar do ritmo ligeiramente menor que 2023 — ano em que foram criados 1,69 milhões de postos —, o dado reforça uma trajetória de recuperação consistente.
Com um início de ano promissor, a expectativa é que o país continue avançando na geração de empregos formais, impulsionado pela retomada dos investimentos públicos e privados, além das políticas de incentivo ao setor produtivo.
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Da Redação