Brasil registra recorde em índice de doadores de órgãos

Atualmente, 95% dos procedimentos são realizados pelo SUS, tornando o País referência mundial no campo dos transplantes e maior sistema público do mundo

O Brasil teve o melhor primeiro semestre da história no número de doadores efetivos de órgãos. Dados do Ministério da Saúde demonstram que entre janeiro a junho deste ano, 4.672 potenciais doadores foram notificados, resultando em 1.338 doadores efetivos de órgãos.

Essas doações possibilitaram a realização de 12,2 mil transplantes, fazendo com que crescessem os procedimentos de órgãos mais complexos como pulmão, coração e medula óssea.

Atualmente, 95% dos procedimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o País referência mundial no campo dos transplantes e maior sistema público do mundo.

No caso dos doadores efetivos, o Brasil atingiu o percentual de 14,2 doadores por milhão de população (pmp), superando a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2011, que segue os padrões internacionais.

O número configura a maior quantidade de doadores efetivos já registrados em apenas um ano no Brasil, com aumento de 43,4%, se comparado a 2010, quando o percentual foi de 9,9 por milhão de população.

No primeiro semestre de 2015, houve crescimento de 50% no número de transplantes de pulmão, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A medula óssea teve crescimento de 4% na comparação do 1º semestre de 2015 com o de 2014.

Já em relação aos transplantes de coração, o aumento foi de 11% na comparação entre os primeiros semestres de 2014 e de 2015. Este é o melhor desempenho já registrado em um 1º semestre para transplantes de coração.

Nos últimos dez anos, o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 63,8%, passando de 14.175 procedimentos em 2004, para 23.226 em 2014.

Além disso, o Brasil é hoje o país com a maior taxa de aceitação familiar para doação de órgãos da América Latina. Em 2014, 58% das famílias brasileiras optaram por doar os órgãos dos seus familiares, enquanto, em 2013, o índice era de 56%.

“Esse resultado se deve ao esforço e ao comprometimento das equipes multiprofissionais envolvidas diretamente no processo de doação e transplante e, principalmente, à solidariedade das famílias brasileiras”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Fila de espera – Com a ampliação do acesso, o número de pessoas aguardando por um transplante no País caiu 36% nos últimos quatro anos. Em 2010, 59.728 pessoas constavam na lista nacional de espera e, em 2014, esse número caiu para 38.350.

O transplante de córnea é o que mais apresenta redução da lista de espera, isso porque cinco estados zeraram a fila por essa cirurgia em 2014. É o caso de Minas Gerais, Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Para ampliação do acesso ao programa brasileiro de transplantes, houve aumento de 30% no investimento da área, chegando a R$ 1,27 bilhão em 2014.

Esses recursos concentram-se na realização das cirurgias e em todo o processo que garante o sucesso do transplante, como incentivo à doação e captação de órgão, uma rede de informação bem articulada em todo o País, oferta de medicamentos, exames e acompanhamento dos pacientes.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil e Ministério da Saúde

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