Brasileiros em Londres saem às ruas por Lula e contra fascismo
Ato realizado na capital do Reino Unido neste sábado (17) defende liberdade imediata do ex-presidente e repudia discurso de ódio de Jair Bolsonaro
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A prisão política de Lula e os constantes ataques do Judiciário ao ex-presidente seguem motivando atos por sua liberdade tanto por aqui quanto em diversas parte do mundo. Neste sábado (17) foi a vez de os brasileiros que vivem em Londres, na Inglaterra, saírem às ruas em sua defesa e para repudiar o discurso de ódio e as propostas autoritárias de Jair Bolsonaro.
Com faixas, cartazes e cantos pela democracia, o Comitê Lula Livre do Reino Unido participou do ato organizado pelo Stand Up to Fascism (UAF), movimento criado em 2003 e que luta contra o crescimento de ideais anti-imigratórios e conservadores e o discurso de ódio alimentado por políticos da extrema-direita.
Não à toa, todos eles vêm o cárcere de Lula como ataque irreparável às instituições democráticas do Brasil e a eleição de Jair Bolsonaro como prova da alarmante escalada radical de governos extremistas no mundo todo. “A solidariedade internacional será vital nos próximos anos para os brasileiros que vivem sob a aterrorizante perspectiva de um governo de apoio à ditadura no Brasil”, comunicou o grupo Brazil Solidarity Initiative – outra iniciativa que nasce sob a proposta de manter a resistência contra o fascismo.
Além da passeata, diversas outras manifestações têm ocorrido com regularidade no Reino Unido, sobretudo em jogos de futebol e eventos culturais. A Inglaterra é o terceiro país com maior número de brasileiros vivendo na Europa – atrás de Portugal e Espanha. Segundo estimativa do Ministério das Relações Exteriores, a comunidade no país ultrapassa a casa das 118 mil pessoas.
#LulaLivre Bloco Brasileiro na passeta contra o facismo e racismo em Londres 17.11.18Organizado por Stand Up To Racism
Publicado por Comite Lula Livre UK – Free Lula em Sábado, 17 de novembro de 2018
Virou piada lá fora
A iminência de um governo que flerta com o autoritarismo das ditaduras ganhou novo episódio com a confirmação do diplomata Ernesto Araújo justamente no Ministério das Relações Exteriores – pasta responsável pelo desempenho e acompanhamento das relações do Brasil com outros países e organismos internacionais.
A nomeação foi tema de reportagem publicada na quinta-feira (15) no jornal “The Guardian”, uma das publicações mais respeitadas da Europa. Intitulada: “Novo ministro das Relações Exteriores do Brasil acredita que mudança climática é uma trama marxista”, a matéria ironiza as ideias e pensamentos confusos, pautados por preconceito, protecionismo, religiosidade e defesa irrestrita de Trump publicadas pelo chanceler em seu blog pessoal.
“Quando novo governo tomar o poder em janeiro, o Ministério das Relações Exteriores que lidera esse trabalho será encabeçado por um homem que afirma que a ciência do clima é meramente dogma”, diz trecho da matéria.
Brazil's new foreign minister believes climate change is a Marxist plot https://t.co/MffT11y1XP
— The Guardian (@guardian) November 15, 2018
Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias