Brics decidem adotar ações de “excelência”

Agenda sobre população e demografia de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul vai usar como referência projetos bem sucedidos

Terminou nessa sexta-feira (13), sem qualquer comunicado oficial da chancelaria sobre a conclusão dos trabalhos e o legado do encontro, a reunião do bloco Brics, iniciada na terça-feira (10). A sigla traduz a reunião de alguns dos maiores países emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Paralelamente, no mesmo dia o Itamaraty e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) se ocupavam com a visita ao Brasil do ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier – evento que pode ter ajudado a desviar as atenções sobre os ministros do bloco Brics responsáveis pelas questões populacionais.

Eles anunciaram, após a principal reunião do encontro na quinta-feira (12), a definição de uma agenda para cumprimento e aplicação das estratégias e modelos adequados de ação. Essa agenda foi construída a partir da cúpula presidencial do bloco realizada em julho de 2014, em Fortaleza.

Preocupação – O objetivo do encontro de quatro dias em Brasília foi discutir um plano comum sobre temas populacionais e demográficos. A preocupação tem motivo: juntos, Brics abrigam 2,9 bilhões de habitantes, quase a metade da população planetária.

A agenda aprovada abrange o período até 2020. Os casos de políticas nacionais reconhecidas como de “excelência” pelos países membros serão usadas como referência para os demais.

Com políticas inclusivas reconhecidas internacionalmente, e já usadas como modelo por vários países, o Brasil pode intensificar a transferência de procedimentos e experimentos bem sucedidos.

Assuntos como mortalidade materna; aids e doenças sexualmente transmissíveis; migração rural e urbana; urbanização, envelhecimento e terceira idade; diferenças entre mulher e homem no mercado de trabalho e a importância delas para a formação e educação da futura geração estão abrangidos pela agenda.

Todos temos grandes desafios populacionais pela frente, e para vencê-los vamos precisar de políticas inovadoras e melhorar a qualidade das políticas que já temos”, disse à imprensa o subsecretário de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Ricardo de Barros.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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