Câmara aprova redução da desoneração da folha de pagamento
Medida faz parte do ajuste fiscal proposto pelo governo. Matéria segue para apreciação do Senado
Publicado em
O plenário da Câmara, na quinta-feira (25), a votação do PL 863/15, de autoria do Executivo, que reduz o benefício fiscal de desoneração da folha de pagamento concedido a 56 segmentos econômicos.
A medida faz parte do conjunto de iniciativas do governo federal para ajustar a economia brasileira diante dos efeitos da crise internacional. A matéria segue para apreciação do Senado.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), reiterou a relevância da proposta.
“Trata-se de uma matéria de fundamental importância para a retomada do crescimento econômico do país. Conseguimos preservar a espinha dorsal do projeto e, com isso, atingir o objetivo central que é equilibrar as contas e retomar o crescimento”, afirmou Guimarães.
O vice-líder da Bancada do PT, deputado Ságuas Moraes (PT-MT), também elogiou a aprovação do projeto.
“O governo, ao longo do tempo, desonerou alguns setores quando o país estava em outro momento da economia. Existe uma crise mundial e, com isso, o governo agora está tendo a responsabilidade de reduzir as desonerações”, explicou.
Entenda – A desoneração, adotada em 2011, permitiu aos setores beneficiados substituir a contribuição ao INSS correspondente a 20% sobre a folha de pagamentos por uma taxação de 1% a 2% sobre o faturamento da empresa.
O projeto aprovado aumenta as alíquotas atuais para 2,5% e 4,5% e, com isso, permite o aumento da arrecadação. A previsão do governo era que a arrecadação aumentasse em R$ 12,5 bilhões por ano, mas, com a exclusão de alguns segmentos, a estimativa agora é a de arrecadar entre R$ 10 bilhões e R$ 10,5 bilhões.
Por Gizele Benitz, do PT na Câmara