Centrais convocam atos contra a reforma trabalhista nesta sexta

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, convocou as bases para a batalha no dia 10 e apontou que é possível deter os avanços dos patrões

Roberto Parizotti/CUT

Reunião das centrais reforça unidade para enfrentar ataques aos direitos e roubo da Previdência

Em reunião com dirigentes da CUT, das demais centrais sindicais e dos sindicatos de base, as principais lideranças trabalhistas do país reforçaram a unidade em torno de mobilizações programadas para a próxima sexta-feira, dia 10 de novembro, em todas as regiões do Brasil.

Entre as ações em defesa dos direitos trabalhistas – e pela resistência à Reforma que entrará em vigor no dia 11 de novembro acabando com a carteira assinada, férias e 13º e oficializando o bico, entre outros ataques –,contra o desmonte da Previdência e pelo fim do trabalho escravo ocorrerão atos, fechamentos de rodovias e avenidas, panfletagens e paralisações.

Na cidade de São Paulo, a manifestação começará com a concentração às 9h30, na Praça da Sé, e continuará com uma caminhada até a Avenida Paulista. Também está previsto um ato dos servidores públicos no Palácio dos Bandeirantes, às 14h, na sede do governo paulista de Geraldo Alckmin (PSDB), contra o projeto que prevê a limitação de investimentos públicos no estado.

Ao final da reunião das centrais, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, convocou as bases para a batalha e apontou que é possível deter os avanços dos patrões. O dirigente lembrou ainda que durante as manifestações, as centrais continuarão a colher assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que anula a Reforma Trabalhista.

“Todas as centrais sindicais e movimentos sociais irão se manifestar dizendo que esse governo fez a Reforma Trabalhista, mas temos a possibilidade de reverter com luta. Além disso, temos de começar já a nos organizar para impedir a entrada em vigor da Reforma da Previdência e se o Temer ousar votá-la temos que fazer um Dia Nacional de Luta, Greve e Manifestações para enfrentar esse governo golpista”, disse.

Vagner apontou ainda que foi necessária intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o conceito de trabalho escravo não fosse flexibilizado, dificultando a fiscalização e facilitando para patrões que exploram mão de obra em sistema análogo ao da escravidão.

Dirigentes dos bancários com lideranças da CUT na entrega das assinaturas (Foto: Roberto Parizotti)Dirigentes dos bancários com lideranças da CUT na entrega das assinaturas (Foto: Roberto Parizotti)Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, destacou que os atos prometem acompanhar a indignação da classe trabalhadora com o roubo de direitos.

“Todas as centrais e sindicatos se mostraram alinhados a fazer uma grande mobilização no dia 10. Nos 27 estados da federação estamos vendo bastante empenho da militância e acreditamos que será uma manifestação histórica, demonstrando que a classe trabalhadora não aceita a reforma do Temer e vai lutar para derrotá-la, seja por meio do abaixo-assinado, seja na luta concreta nas bases e pressionando o Congresso para derrubá-la”, falou.

Exemplo de luta

Também presentes na reunião, representantes do Sindicato dos Bancários do ABC entregaram o resultado da campanha do abaixo-assinado pela revogação da Reforma Trabalhista na região. A organização que representa sete mil trabalhadores conseguiu coletar 4.656 assinaturas.

“Dia 7 começamos a divulgar e 15 dias depois já iniciamos a campanha em agência bancárias, corredores de ônibus e espaços públicos como praças. Quando você passa para as pessoas o que está acontecendo e a perda de direitos que terão, rapidamente aderem à campanha e começam a se posicionar contra o que está acontecendo, o governo golpista e o Congresso Nacional. É, portanto, também uma maneira de formar e romper o bloqueio da mídia”, avaliou o presidente do sindicato, Belmiro Moreira.

Agenda

Acre
Rio Branco
08h: Ato com concentração na Praça da Revolução

Alagoas
Arapiraca
09h: Antiga Prefeitura
Maceió
08h: Concentração na Praça Sinimbu

Amazonas
Manaus
16h: Manifestação na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia)

Amapá
Macapá
10h: Concentração na Praça da Bandeira

Bahia
Salvador
11h: Caminhada do Campo Grande até a Praça Municipal
13h: Manifestação na porta da Previdência Social no Comércio

Ceará
Fortaleza 
08h: Praça Clóvis Beviláqua (Praça da Bandeira – Centro)
09h: Praça da Bandeira

Distrito Federal
Brasília
09h: Fora Temer e suas medidas – Espaço do Servidor, Esplanada dos Ministérios

Espírito Santo
Vitória
12h: Concentração na Praça 8 e caminhada até a justiça do trabalho
17h: Ato na UFES (Universidade Federal do ES)

Goiás
Goiânia
16h: Ato unificado na Praça do Bandeirante

Maranhão
São Luis
05h: Ato na Barragem do Bacanga

Mato Grosso
Cuiabá
15h: Praça Ipiranga

Mato Grosso do Sul
Campo Grande
16h: Ato na Praça Ari Coelho com enterro da CLT na Superintendência do Trabalho

Minas Gerais
Belo Horizonte
09h: Ato na Praça da Estação

Pará
Belém
08h30: Concentração no TRT na Praça Brasil – Caminhada até o Ver-O-Peso

Paraná
Curitiba
11h: Ato na Boca Maldita

Paraíba
João Pessoa
14h: Concentração em frente ao colégio Lyceu Paraibano; 16h: marcha

Pernambuco
Recife
09h: Assembleia da classe trabalhadora na Praça da Democracia (Derby)

Piauí
Teresina
08h: Ato Unificado – Praça Rio Branco – Com Caminhada pelas Ruas do Centro

Rio Grande do Norte
Natal
14h: Concentração na Praça Gentil Ferreira/Bairro Alecrim. 16h: Caminhada até a Cidade Alta
Mossoró
07h: Arte da Terra

Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
16h: Concentração na Candelária – Caminha pra a Cinelândia

Rio Grande do Sul
Porto Alegre
10h as 14h: Plenária de Mobilização – Auditório da Igreja da Pompeia (R. Barros Cassal, 220, Floresta)
16h: Abraço à Justiça do Trabalho – Av. Praia de Belas
18h: Ato das Centrais – Esquina Democrática

Roraima
Boa Vista
09h: Concentração na Praça do Centro Cívico – Caminhada pelas ruas do centro

Rondônia
Porto Velho
08h: Concentração Praça Getúlio Vargas

Santa Catarina
Florianópolis
16h: Ato no Ticen

Chapecó
13h: Ato na BRF/Sadia

Lages
13h: Ato em frente ao Hospital Tereza Remo

Blumenau
06h30: Panfletagem nos Terminais Fonte e Alterro

Joinvile
13h: Ato na Fundição Tupy

São Paulo
São Paulo
09h30: Ato com Concentração na Praça da Sé
10h30: Caminhada até a Avenida Paulista
14h30: Ato de professores e servidores no Palácio dos Bandeirantes contra o PL da Morte
Campinas
17h00: Ato no Largo do Rosário, Centro

Sergipe
Aracaju
15h: Praça do Mini Golfe (Praça ao lado da OAB)

Tocantins
Palmas
09h: Em frente a CEF – Quadra 105 Sul – Rua SE 01

 

Da CUT

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