O nordestino Francisco Domingos dos Santos saiu de Vitorino Freire no Maranhão rumo ao Planalto Central. Como a maioria dos que chega à capital federal, com a bagagem repleta de sonhos, sendo o principal deles o de vencer na cidade grande. Determinado, Francisco logo arrumou uma oportunidade como vigilante. Na solidão do trabalho noturno, tinha como companhia um radinho de pilhas onde ouvia entusiásticas declarações de outro trabalhador, representante de muitos companheiros no ABC paulista: Lula da Silva. Aquele que mais tarde viria a ser um grande amigo e companheiro de legenda foi primeiro ídolo e referência para a formação do caráter sindicalista de Chico Vigilante.
Francisco virou Chico Vigilante. Em 1979, entrou para a vida pública com a criação daAssociação dos Vigilantes do DF, posteriormente transformada em Sindicato, do qual foi presidente entre 1984 e 1990.
Chico Vigilante ajudou a fundar o PT-DF, que presidiu por três vezes. Antes disso, esteve à frente da Central Única dos Trabalhadores – CUT, por nove anos consecutivos, onde também participou da criação.
Na Câmara Legislativa do DF sua luta se identifica de maneira especial com os que mais precisam da atenção do Estado: moradores de áreas de baixa renda, trabalhadores terceirizados, vigilantes (sua categoria), consumidores, servidores públicos, mulheres, idosos, estudantes, movimento cultural, feirantes, quiosqueiros, cantineiros.