Cimi divulga nota sobre o assassinato de liderança na Terra Indígena Wajãpi
Conselho Indigenista Missionário exigiu que Jair Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos
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O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou uma nota sobre os ataques a aldeia Waiãpi, em Pedra Branca do Amapari, no Amapá, no fim de semana. Um grupo de homens armados invadiu o local na madrugada de sexta para sábado (27). Emyra Wãiapi havia sido assassinado pelo mesmo grupo com requintes de crueldade ao longo da semana. Na manhã deste domingo (28), a Polícia Federal e o Bope chegaram na área, assim como a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Confira a nota
O Cimi recebe com imensa preocupação e pesar as notícias de ataque de garimpeiros e assassinato de uma liderança do povo Wajãpi, no estado do Amapá. Os discursos de ódio e agressão do presidente Bolsonaro e demais representantes de seu governo servem de combustível e estimulam a invasão, o esbulho territorial e ações violentas contra os povos indígenas em nosso país.
Esperamos que os órgãos e autoridades públicas tomem medidas urgentes, estruturantes e isentas politicamente para identificar e punir, na forma da lei, os responsáveis pelo ataque aos Wajãpi. Esperamos também que o governo Bolsonaro adote medidas amplas de combate à invasão e esbulho possessório das terras indígenas no país.
Por fim, o Cimi exige que o presidente Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país.
Respeite os povos indígenas, presidente Bolsonaro.
Conselho Indigenista Missionário-Cimi
Brasília, 28 de julho de 2019
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Cimi