Cinco dados para você comparar o governo Lula e o desgoverno Bolsonaro
Depois de ser alvo de ataques de Bolsonaro em plena cerimônia do 7 de Setembro, Lula desafiou: “Compare o período em que eu fui presidente da República com o seu governo”. Veja os dados
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Numa clara afronta à legislação eleitoral, Jair Bolsonaro transformou as comemorações do 7 de Setembro em campanha política para pedir votos e atacar Lula. Em certo momento, tentou fazer um paralelo entre o governo do ex-presidente e alguns países.
Lula respondeu no mesmo dia, por meio de vídeo, desafiando Bolsonaro a, em vez de mentir e atacar adversários, apresentar soluções para os problemas do país. E acrescentou que, se o objetivo for fazer comparações, que compare os governos de ambos.
“Tentar comparar o meu governo com a Venezuela e com a Nicarágua, não, compare com o seu governo. Compare o período em que eu fui presidente da República com o seu governo”, disse Lula, sugerindo que se comparem dados como o aumento do salário mínimo e a geração de emprego.
Como sabemos que a covardia é a uma das marcas do ex-capitão, não esperamos que ele apresente essas comparações. Então, fizemos esse trabalho. Veja abaixo.
Combate à fome
Olhe o gráfico abaixo. Ele mostra, em azul, a porcentagem de brasileiros em segurança alimentar, ou seja, que certamente farão as três refeições todos os dias. Em amarelo, está a taxa de brasileiros que não têm segurança alimentar ou passam fome.
Com Lula, crescia o número de brasileiros que comiam e diminuía os que tinham falta de comida. Tanto que, quatro anos depois de Lula deixar a Presidência, a ONU declarou que o Brasil estava fora do Mapa da Fome. Com Bolsonaro, a situação se inverteu. O preço da comida não para de subir, e, pela primeira vez, quase 60% dos brasileiros estão em insegurança alimentar.
Geração de emprego
Lula diz e sempre repete: “Gerar emprego para mim é uma obsessão”. Já Bolsonaro diz: “Gerar emprego não é função minha”. O resultado não podia ser outro que não o mostrado no gráfico abaixo.
Repare que, no governo Lula, o total de trabalhadores com carteira assinada não parou de subir, saltando de 28,6 milhões em 2002 para 44 milhões em 2010. Ou seja, Lula criou, em oito anos, mais de 15 milhões de vagas com carteira assinada.
Dilma elevou o total para mais de 49 milhões, em 2014. Depois de Dilma, contudo, o gráfico se torna praticamente uma linha reta. Ou seja, parou-se de criar emprego no Brasil como Lula fazia, e Bolsonaro só deu continuidade a esse resultado desastroso.
Valorização do salário mínimo
Bolsa Família, apoio à agricultura familiar, controle do preço dos combustíveis. Tudo isso foi importante para o Brasil acabar com a fome. Mas, sem dúvida, a medida que mais contribuiu para isso foi a política de valorização do salário mínimo.
Com Lula, o salário mínimo teve aumento real, ou seja, subiu acima da inflação, todos os anos (barras amarelas no gráfico abaixo). Dilma fez o mesmo (barras azuis). Em 13 anos, foram mais de 74% de valorização. Com isso, os trabalhadores e os aposentados tinham sempre mais dinheiro para fazer as compras do supermercado.
Temer (barras verdes) acabou com a política de valorização. E Bolsonaro (barras roxas) não deu aumento real do mínimo um ano sequer. E no orçamento de 2023 que mandou para o Congresso, previu um aumento de apenas 6,76%, abaixo da previsão mais atual de inflação final de 2022 divulgada pelo Banco Central com base em análises de bancos: 7,11%.
Preço do gás de cozinha
Lula era presidente de verdade. Conversava com a direção da Petrobras e mantinha o preço do gás de cozinha e dos combustíveis sob controle. Nos oito anos que governou, o preço do botijão de gás não aumentou nem R$ 10 (barras azuis no gráfico abaixo).
Bolsonaro é covarde. Em vez de exercer sua autoridade de presidente, prefere dizer que não pode fazer nada. Resultado: pela primeira vez, os brasileiros pagaram mais de R$ 100 pelo gás de cozinha (barras roxas).
Inflação
E por falar em preços… Quando Lula assumiu o governo, ele herdou uma inflação de mais de 12% de Fernando Henrique Cardoso. Quando ele deixou a Presidência, em 2010, a inflação estava menos que a metade.
Já Bolsonaro herdou de Temer uma inflação de 3,75%. E só fez aumentá-la, até que os preços explodissem em 2021, com a inflação passando de 10%. Hoje, o acumulado nos últimos 12 meses está em 8,73%. Sem falar que, em 2022, a inflação dos alimentos está o dobro da inflação geral. É muita incompetência do ex-capitão.
Da Redação