Com bancada do PT, Edinho defende unidade do partido para Brasil avançar

A reunião com Edinho, de mais de duas horas, ocorreu nesta terça (15), na Liderança do PT na Câmara, sob coordenação do líder do partido na Casa, Lindbergh Farias (RJ)

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O presidente eleito do PT, reunido com a bancada da Câmara, nesta terça (15)

O presidente recém-eleito do PT, Edinho Silva, reuniu-se na tarde desta terça-feira (15) com a Bancada do partido na Câmara dos Deputados, com o objetivo de analisar a conjuntura, os desafios da agremiação e o cenário mundial. A reunião, de mais de duas horas, ocorreu na Liderança do PT na Câmara, sob coordenação do líder do partido na Casa, Lindbergh Farias (RJ).

Com posse do cargo marcada para o dia 1º de agosto, Edinho afirmou que exercerá seu mandato como “presidente de todas as forças políticas, de expressão e pensamento”, independentemente das correntes internas. Ele ressaltou a importância da unidade do partido e do diálogo interno.

Um dos pontos destacado por ele aos 68 parlamentares da Bancada são os diferentes desafios do PT na presente conjuntura, tanto interna como externa. “Que tipo de sociedade queremos para o nosso país e o planeta?”, perguntou ele, ao assinalar que a extrema direita tem procurado em todo o mundo implantar um modelo concentrador de renda e com exclusão de direitos sociais e trabalhistas.

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Concentração da renda

No caso do Brasil, ele sublinhou que na sociedade estão em discussão, hoje, temas centrais como o modelo tributário atual, injusto e que privilegia ricaços em detrimento dos assalariados e da classe média, gerando uma concentração da renda altíssima. Não é à toa que o Brasil é um dos líderes mundiais de contração de renda.

Diante desse quadro de injustiça social, Edinho disse que um dos papeis do PT na sociedade brasileira é defender o “processo civilizatório”, para garantir no Brasil um modelo socioeconômico com justiça social e desenvolvimento sustentável. Ele criticou o neoliberalismo, sistema que se fortaleceu no mundo nos últimos 30 anos.

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Edinho Silva observou que é a partir da crise de 2008 que a situação se deteriorou no mundo, com a financeirização das economias. Segundo a Oxfam, organização internacional focada no monitoramento de desigualdades no plano econômico, entre os anos de 2015 e 2022, a fortuna detida pela parcela mais rica da população, equivalente a apenas 1% do total, cresceu 33 trilhões de dólares.

Fim da pobreza no mundo

Para entender melhor o significado dessa distorção descomunal, a própria Oxfam informa que, considerada metodologia do Banco Mundial, U$ 1,5 trilhão seria o bastante para acabar com a pobreza em todo o mundo. “Esse é um tema debatido mundialmente”, disse o presidente eleito do PT.

Edinho frisou a importância de projetos estratégicos defendidos pela bancada do PT na Câmara, tais como o fim da jornada 6X1, a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil mensais, a taxação de bilionários, bets e bancos, o corte linear de 10% das isenções tributárias, o fim dos supersalários no serviço público, a PEC da Segurança (PEC 18/2025) e a Tarifa Zero para transporte urbano.

Ele destacou também a importância da defesa da soberania nacional, num momento em que a extrema direita brasileira se associa ao governo dos Estados Unidos contra o Supremo Tribunal Federal a fim de pôr um fim ao julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado no País.
Traidores da pátria

Enquanto a Justiça avança, o presidente dos EUA, Donald Trump, chantageia e ameaça o Brasil com tarifas de 50% caso Bolsonaro não seja anistiado. O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos EUA, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no Brasil, lideram essa ofensiva antidemocrática, numa ação contra os interesses nacionais e a soberania brasileira, em nome de seus interesses pessoais.

Na opinião de Edinho Silva, a ofensiva da extrema direita contra a democracia, hoje, só se assemelha aos movimentos fascistas ocorridos às vésperas da eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Ele criticou Trump por querem impor ao Brasil e a outros países hegemonia dos EUA na economia mundial, com medidas como a adoção de tarifas arbitrárias, contrariando princípios basilares do comércio internacional.

O presidente do PT prometeu manter reuniões periódicas com as Bancadas do PT na Câmara e no Senado. “Para a construção coletiva , mantendo a organicidade do partido. Ele assegurou que um dos pontos centrais de sua gestão será também o aprofundamento do diálogo com movimentos sociais, sindicais e populares.

Do PT Câmara

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