Combate à sonegação resolveria situação da Previdência, aponta Paim
Senador lembrou que a sonegação fiscal foi apontada como um dos principais problemas do sistema de Seguridade Social ao final dos trabalhos da CPI da Previdência
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O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta terça-feira (6) em plenário que a reforma tributária, o combate à sonegação fiscal e a cobrança dos grandes devedores seriam soluções melhores para a Previdência Social do que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 6/2019), reforma da Previdência de Bolsonaro, em análise na Câmara dos Deputados.
“Os últimos dados relativos a sonegação no Brasil que chegaram na Comissão de Direitos Humanos mostram que a sonegação [fiscal] chega a R$ 626 bilhões anualmente. Quantos trilhões [de reais] não vai dar nessa projeção que fazem de dez anos? ”, questionou Paim, em referência a economia que o governo promete fazer de R$ 1 trilhão em dez anos com a aprovação da Reforma da Previdência.
Paim lembrou que a sonegação fiscal foi apontada como um dos principais problemas do sistema de Seguridade Social ao final dos trabalhos da CPI da Previdência, realizada em 2017.
“O combate à sonegação ninguém faz. Ninguém faz e nem aponta caminhos para que uma lei possa acontecer nesse sentido. Porque não interessa aos poderosos. Quem é que mais sonega? Os pobres, a classe média? Quem sonega [impostos] são aqueles 5% mais ricos do País. Esses é que sonegam”, apontou.
De acordo com Paim, desde que se tornou deputado, ainda no período da Assembleia Nacional Constituinte, ouve falar debates acerca da realização de uma reforma tributária que nunca acontece.
“Essa reforma não acontece por que os pobres não querem? Uma reforma progressiva e com responsabilidade social vai, inclusive, combater a fome. Mas não sai a reforma tributária. Não tenho esperança de que ela saia porque os bilionários desse País não vão deixar ela acontecer”, salientou.
Por PT no Senado