Consciência democrática acordou, comemora Jandira Feghali
Deputada do PCdoB do Rio condena parlamentares acusados de corrupção que criticam a presidenta Dilma e garante que o golpe não passará
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A deputada federal Jandira Feghali (PcdoB – RJ) se mostrou confiante ao discursar na tribuna da Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (15). “Vocês já perderam, vocês não terão os 342 votos, não terão os dois terços. A própria “Folha de S.Paulo” já divulgou que o impeachment perdeu quórum. “O Globo” também já divulgou. No domingo, vocês saberão o lugar de vocês: que é o lugar da derrota. Vocês vão ter que aceitar a democracia”, afirmou.
Em sua fala, Jandira citou textos publicados pela imprensa internacional, especialmente pelo “New York Times” e pelo “Independent“, condenando a tentativa de derrubar o governo. “O mundo nos observa. A imprensa internacional nos observa. Estamos todos aqui fazendo história. É importante saber que tipo de história cada um quer construir”, reforçou.
O jornal dos Estados Unidos “New York Times” escreveu que presidenta é uma das raras figuras políticas no Brasil que não enfrenta acusações de enriquecimento pessoal ilícito. O britânico “Independent” lamentou que a tentativa de impeachment tenha um forte apoio de uma imprensa partidária.
A deputada mencionou ainda o fato de a própria imprensa estrangeira ter questionado a legitimidade de alguns políticos que apoiam o impeachment. “Há muitos criminosos, ou pelo menos acusados de crime, que sobem à tribuna com discurso ético, moral. O próprio presidente da Câmara, que não deveria estar sentado nesta cadeira. É este que comanda um processo na Câmara dos Deputados, para afastar uma presidenta honesta. De que crime a acusam? Qual foi a elevação deste patrimônio em seis anos de governo? Querem retirar uma mulher que não teve nenhum enriquecimento, que não é investigada por nenhum crime, não é ré em nenhum investigação”.
Para Jandira, um eventual governo Temer seria um governo ilegítimo por ter violado a Constituição brasileira e o vice-presidente “não teria condições de caminhar pelas ruas deste país”, tamanha sua rejeição. Ela alertou para os própositos deste golpe institucional, de impor uma agenda que compromete conquistas obtidas pela população, como direitos trabalhistas e programas de transferência de renda. “Querem impedir que a democracia respire depois de tão pouco tempo existindo no Brasil, depois de tanta tortura, tanta perseguição”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias