Consórcio do Nordeste quer auxílio de R$ 600 e Sputnik V liberada

Wellington Dias enviou ofício ao governo pedindo restituição de valor original do benefício. Governadores também discutiram uso da vacina russa com governo argentino

Divulgação

O Consórcio do Nordeste quer a participação de outros bancos públicos no pagamento do auxílio para evitar aglomerações

Além de atuar pela aquisição de vacinas contra a Covid-19 ao país, o Consórcio do Nordeste também luta para garantir proteção social às populações mais vulneráveis à pandemia. Nesta quinta-feira (8), o representante do Consórcio e governador do Piauí Wellington Dias encaminhou um ofício ao Ministério da Economia solicitando a recuperação do valor original do auxílio emergencial, de R$ 600, interrompido no início do ano.

“Precisamos ter, para os mais pobres, a compensação desse período de janeiro, fevereiro e março que, lamentavelmente, teve a suspensão do pagamento”, disse o governador. Dias informou ainda que os governadores requisitaram, junto às pastas da Economia e da Saúde, a participação de outros bancos no pagamento, para que os trabalhadores inscritos no cadastro do governo não se exponham ao perigo de uma contaminação.

“Qual é o problema? Aglomerações. Estamos pedindo para que esse pagamento seja feito pela rede bancária pública. Temos, além da Caixa, o Banco do Brasil e outros bancos que têm uma rede com condições [de atuar]”, explicou o governador. Dias avalia que a medida irá diminuir as filas, “inclusive permitindo que se cumpra o protocolo [de distanciamento] e evitando a transmissibilidade elevada [do vírus].

Dias também manifestou gratidão à sociedade civil pelos esforços para fortalecer a rede de proteção social no país, com doações de roupas e alimentos aos desamparados. “Faço um agradecimento a milhões de brasileiros e empresas que estão trabalhando por campanhas de solidariedade para não faltar alimentos para as pessoas”.

Vacina Sputnik V

O Consórcio Nordeste também participou, com representação de Wellington Dias, de reunião com o governo da Argentina para tratar da vacinação com o imunizante russo Sputnik V, que vem sendo administrado na população desde dezembro. Segundo Dias, a coordenadora de vacinação da Presidência Cecília Nicolini informou ao Consórcio que a Stutnik V foi aplicada com sucesso na região da Grande Buenos Aires.

“Estamos aguardando a autorização, por parte da Anvisa, da licença para a importação da vacina Sputnik”, afirmou o governador. Ele explicou que, diante do pedido por informações de países que usam o imunizante, a Argentina se prontificou a apresentar relatórios com dados como baixos efeitos colaterais e grau de imunização.

“Eles usam outras vacinas e a Sputnik é colocada como aquela com maior imunização. O mesmo estudo foi feito também pelo México”, observou Dias, lembrando também que a vacina vem sendo aplicada pelos governos de 58 países. “Queremos usar no Brasil, que precisa de vacinas para salvar vidas, para termos menos hospitalizações e óbitos”.

O Consórcio Nordeste fechou, com o apoio de estados do Norte, a aquisição de 37 milhões de doses da vacina russa. “Precisamos só da autorização da Anvisa para a chegada da vacina já a partir de abril”.

Da Redação

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