Conta de luz tem redução nesta terça
Governo repassa desconto de 18% à bandeira vermelha pela redução do uso de energia gerada por termelétricas, de custo muito maior que as hidrelétricas
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Entra em vigor nesta terça-feira (1º) o novo valor da bandeira tarifária vermelha, 18% mais barata. De R$ 5,50, a tarifa cai para R$ 4,50 a cada 100 quilowatts/hora de consumo medidos pelo relógio da companhia de eletricidade. O desconto chega ao usuário na fatura de setembro.
O sistema de bandeiras foi criado para identificar o custo adicional ao usuário da geração de energia em condições excepcionais, como a falta de chuvas.
A água é o insumo que fornece luz elétrica ao menor custo no mercado brasileiro, pouco mais de R$ 120 o megawatt hora/MW/h, em média. Se o sistema interligado nacional (SIN) opera utilizando apenas hidrelétricas, a bandeira é verde, ou seja, sem custo ao usuário além do ordinário. A geração hidrelétrica é responsável pela geração de quase 70% da energia consumida no Brasil.
A tarifa vermelha remunera a utilização de energia gerada por usinas termelétrica, movidas a óleo, diesel, biomassa ou gás natural, bem mais cara (até R$ 1 mil o MW/h) e acionadas quando a falta de água nos reservatórios obriga o desligamento de usinas hidrelétricas.
Como houve o desligamento de 21 dessas termelétricas no início de agosto, o governo decidiu excluí-las do cálculo do custo, transferindo o desconto de R$ 1,00 ao consumidor (a cada 100kw/h de consumo).
A bandeira intermediária é a amarela, que é acionada quando o uso de energia mais cara é apenas parcial, envolvendo geradoras com preços cujos custos ficam entre a geração hidrelétrica e a termelétrica. A tarifa amarela custa R$ 2,50 a mais ao assinante a cada 100 kw/h consumidos. É R$ 2 mais barata que o novo valor da vermelha.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias