Copa do Mundo: um Uruguai em empregos

Negócios gerados pelo Mundial movimentam R$ 142 bi na economia

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Presidenta Dilma e os trabalhadores responsáveis por obras da Copa. Foto: Roberto Stuckert

A Copa do Mundo de 2014 tem potencial de gerar 3,6 milhões de empregos temporários e permanentes no País, segundo estimativa do Ministério do Esporte. Isso equivale a cerca de 60 maracanãs lotados. “É mais do que um Uruguai de empregos”, comparou o ministro Aldo Rebelo, para quem a geração de trabalho e renda é um dos principais legados do evento.

Esses empregos, segundo ele, vêm se distribuindo desde 2010, quando se intensificaram os preparativos para a Copa, com reformas de arenas, obras de infraestrutura e investimentos em mobilidade urbana. Intensificaram-se também os investimentos na ampliação da rede hoteleira, da oferta de serviço e das atividades de turismo em geral.

Os aportes diretamente ligados à competição chegam à casa dos R$ 25,6 bilhões, segundo o último balanço realizado pelo governo federal. Para cada real investido pelo setor público, o evento induz R$ 3,4 de investimento do setor privado.

IMPULSO – A injeção de recursos em setores estratégicos vem gerando um impulso fantástico na economia brasileira. A estimativa do governo, baseada em estudo da Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a consultoria Ernst & Young, é que mais de R$ 142 bilhões adicionais circulem na economia brasileira no período de 2010 até 2014.

Os números são gigantescos e se estendem a todos os setores desde a indústria ao comércio, passando pela construção civil, turismo, telecomunicações e serviços. O Sebrae contabilizou R$ 100 milhões em novos negócios gerados até agora só para micro e pequenas empresas, grandes empregadoras de mão-de-obra.

A estimativa da Embratur é que 600 mil turistas estrangeiros (o dobro da África do Sul) e 3 milhões de turistas nacionais circulem no País durante a Copa. Eles devem gastar algo em torno de R$ 25 bilhões apenas com artesanatos e lembrancinhas do evento.

O maior faturamento, porém, ocorrerá no setor hoteleiro e de serviços. Estão projetados 422 novos empreendimentos de hospedagem até 2016. Destes, 154 foram inaugurados entre 2011 e 2013 nas cidades-sede.

Durante a Copa das Confederações, 903 empresários estrangeiros de 70 países visitaram o País, atraídos pela Apex. A expectativa é que eles agreguem US$ 1 bilhão às exportações de produtos nacionais ao longo de 2014.

Em função da competição, 165 mil trabalhadores foram ou estão se qualificando em cursos oferecidos pelo Pronatec Copa. A previsão do Comitê Organizador Local (COL) é que, até o início do evento, em 12 de junho, mais 53 mil postos de trabalho sejam abertos.

Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e do Ministério do Turismo mostrou que somente a Copa das Confederações acrescentou R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro. A expectativa é que a Copa gere quase R$ 30 bilhões de acréscimo ao PIB do País.

Por Vannildo Mendes, da Agência PT de Notícias

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