Crimes dos tucanos ficaram sem apuração, lembra Rui Falcão
Para Falcão, a superexposição das investigações que não protegeram ninguém nos últimos 12 anos, inclusive pessoas ligadas ao PT, levou a um injusto sentimento antipetista
Publicado em
As denúncias de corrupção devem ser investigadas como tem sido feito nos governos do PT, avalia o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão. Desde 2003 até este ano, foram feitas 2226 ações da Polícia Federal e nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso apenas 48.
“Vários crimes cometidos durante os governos tucanos ou ficaram sem apuração, ou suas provas desapareceram, prescreveram ou foram deslocadas para a primeira instância como foi o caso do mensalão tucano em Minas Gerais”, afirmou Rui, durante entrevista ao programa Eleições 2014, da TV Folha/Uol na tarde desta sexta-feira (17), em São Paulo.
Com 12 anos de superexposição pela imprensa das investigações e operações que não protegeram ninguém, inclusive pessoas ligadas ao PT, Falcão acredita que uma parte de um sentimento antipetista foi cultivado. “Houve um processo de criminalização do nosso partido, que foi se cristalizando ao longo do tempo. A ação penal 470 (do chamado mensalão) e a maneira com a qual ela foi tratada criou uma resistência ao nosso partido que se refletiu na eleições”, explicou.
Aécio – Sobre o tema Lei Seca que surgiu durante o debate do SBT nessa quinta-feira (16), que levou o candidato Aécio Neves a confessar que foi preso em uma blitz dirigindo no Rio de Janeiro com a carteira de habilitação vencida e se recusou a fazer o teste do bafômetro, Rui Falcão, entende que a confissão de Aécio em rede nacional ajudou o eleitor a conhecer melhor o candidato.
“Saber se as pessoas respeitam as leis ou não, não considero uma questão pessoal, trata-se de um candidato à presidência da República e para que os eleitores possam saber claramente em quem estão votando e saber se essas pessoas respeitam as leis ou não”.
Questionado sobre a intensa troca de acusações que caracterizou o debate presidencial , Falcão explicou sua preferência por uma discussão em torno de propostas e responsabilizou o candidato da oposição Aécio Neves (PSDB) pelo tom excessivo de confronto.
“Desde a primeira pergunta ele investiu de tal maneira que obrigou a nossa presidenta a responder com altivez e assim o debate deu pouca oportunidade para que apresentássemos as propostas, mesmo assim apresentamos sobre segurança pública, o Mais Especialidades e Educação”, comentou.
Mobilização – Na entrevista da TV Folha, Rui Falcão afirmou que após a vitória no primeiro turno, o momento é de estimular a mobilização, estabelecer responsabilidades nas regiões e nas cidades, e amplificar a divulgação das propostas da presidenta Dilma, candidata à reeleição, para que a vitória se confirme em 26 de outubro.
Sobre o resultado para o governo em São Paulo, onde foi eleito um candidato do PSDB, Falcão lamentou que as principais realizações do Governo Federal não aparecessem na sua inteireza no estado, como os recursos para o metrô e as obras de mobilidade urbana, que foram apropriadas pelo governo do estado.
A falta d`água em São Paulo foi colocada por Rui como um reflexo da ausência de planejamento de longo prazo dos governos tucanos e lembrou que, depois do apagão de energia elétrica entre 2001 e 2002 no governo FHC, por falta de investimentos e com um prejuízo calculado em R$ 45,2 bilhões de acordo com o TCU, em 2014 o governo tucano de São Paulo deixa a população sem água.
“Se planejam tanto, como deixaram que acontecesse a maior crise hídrica do País no estado mais desenvolvido que é São Paulo? Isso nós nem precisamos falar porque as pessoas estão sentindo falta de água, por falta de previsibilidade, como gosta de dizer o nosso oponente. Não houve investimentos necessário e hoje o povo de São Paulo está pagando com o racionamento”, avaliou.
Da Redação da Agência PT de Notícias