Cunhado de Bolsonaro é condenado por invasão de quilombo
O empresário Theodore da Silva Konesuk foi obrigado a devolver a terra mas enviou seus funcionários para destruir as plantações dos agricultores
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Cunhado de Bolsonaro, o empresário Theodoro da Silva Konesuk, parece dividir os mesmo valores preconceituosos de Jair. Ele invadiu terras quilombolas e as utilizava para criação de gado. Em 2013, a juíza Gabriela de Oliveira Thomaze determinou que a área fosse devolvida para o quilombo do bairro Galvão, em Iporanga. Somente em setembro deste ano Theodoro devolveu as terras, mas mandou seus funcionários ao local para que destruíssem as cercas e plantações de banana feitas pelos quilombolas.
A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) junto com o governo paulista foi quem entrou com a ação contra Konesuk, em 2013, pedindo a devolução das terras. O empresário não possuía título de propriedade, nem documento de posse, informou o site De olhos nos ruralistas.
O que constava no Itesp é que o detentor da terra era o ex-prefeito de Iporanga, Theodoro Konesuk Junior, pai do cunhado de Bolsonaro. Ao receber a notificação de devolução das terras, Konesuk filho se negou a sair imediatamente alegando que o documento estava no nome de seu pai.
Após ser citado nominalmente, Theodore ainda não se manifestou pelos cinco anos de duração do processo e foi condenado a pagar 10% do valor total.
Para a líder quilombola, Jovita Frutini França, o empresário não vai desistir e continuará desafiando a decisão judicial. “Ele não desiste, não desiste. Agora, eu não aguento mais lutar por isso”.
Em 2017, o candidato Jair Bolsonaro, fez declarações preconceituosas contra esses povos. Durante um evento no clube Hebraica, no Rio, disse que havia visitado um quilombo em Eldorado (SP) e disparou: “Eu fui em um quilombo em Eldorado paulista e o afrodescendente mais leve de lá pesava sete arrobas. Eu acho que nem para procriar eles servem mais”.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do site De olhos nos ruralistas