Dallagnol e procuradores querem censurar as “conversas” da Lava Jato
Dallagnol e procuradores insistem junto ao STF para tentar impedir que Lula tenha acesso às conversas da Lava Jato. Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski determinou a entrega imediata do material ao ex-presidente. Cinicamente, os procuradores alegam que a disponibilização do material fere o direito que têm à intimidade e privacidade
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Sob a cínica alegação de “segurança para a vida e a integridade física e moral de suas famílias”, Deltan Dallagnol e um grupo de procuradores da Lava Jato querem impor censura às suas conversas na Lava Jato. Dallagnol e outros seis colegas pedem que o STF (Supremo Tribunal Federal) impeça o ex-presidente Lula de ter acesso às mensagens divulgadas pela “Vaza Jato. As conversas estão hoje em poder da Polícia Federal.
Os procuradores resistem à decisão do ministro Ricardo Lewandowski que, na semana passada, determinou a entrega imediata do material à defesa do ex-presidente Lula. Os procuradores pedem que o ministro reconsidere a decisão e, em caso negativo, encaminhe o caso ao plenário do Supremo.
O pedido causou estranheza entre magistrados, segundo a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna desta quinta-feira, 28. De acordo com a jornalista, a resistência também levantou entre ministros a percepção de que, embora boa parte das mensagens já tenha vindo a público, a íntegra do conteúdo preocupa os procuradores.
Dallagnol e os demais procuradores que assinam o pedido alegam que a disponibilização do material ao petista fere o direito que têm “à intimidade e privacidade”. Também argumentam que se trata de uma questão de “segurança para a vida e a integridade física e moral de suas famílias”.
Durante a operação o Lava Jato, os procuradores divulgaram mensagens de investigados, incluindo conversas privadas da ex-primeira-dama Marisa Letícia com os filhos. No período do golpe de Estado, a Operação Lava Jato comandada por Sérgio Moro vazou ligação telefônica entre a ex-presidenta Dilma e Lula.
Da Redação