Décio Lima, do Sebrae: “O povo quer empreender, desenvolver o próprio negócio”

Presidente do Sebrae Nacional destacou ao Jornal PT Brasil os avanços econômicos do país no governo Lula e o papel da entidade no impulsionamento do empreendedorismo brasileiro

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“O povo quer se empreender, desenvolver o seu próprio negócio e o Sebrae dá justamente o que ele precisa”, diz Décio Lima. Foto: Reprodução

Os avanços no Brasil com o governo Lula, a reforma tributária e os 51 anos de existência do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) foram destaques no Jornal PT Brasil nesta quinta-feira (7)com a entrevista do presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima.

Para Lima, a marca da entidade, que é a sexta no país, e sua referência como “porta dos sonhos para milhões de brasileiros” são reflexos do protagonismo da entidade. Para ele, o Sebrae é uma ferramenta “para aqueles que enfrentam as adversidades dos poderosos e dos grandes, que são os micro empreendedores, as empresas pequenas e os MEIS, que hoje contabilizam 15 milhões de brasileiros organizados nesse sistema”.

Décio Lima enfatizou que o Sebrae é parceiro do governo federal, além das organizações que fomentam a economia no país, e representa 99% do CNJP das pessoas jurídicas existentes no Brasil. Ele explicou que, ao mesmo tempo, esse público, dos micro, contabilizam 54% da empregabilidade do Brasil. “São os pequenos, os gigantes da economia brasileira”, atestou.

Durante uma entrevista, ele ressaltou o potencial econômico e a pluralidade do país foram  e falou do papel do governo em despertar e entusiasmo e espírito empreendedor entre a população. Hoje, 60% dos brasileiros e brasileiras são empreendedores.

“O povo quer empreender, desenvolver o seu próprio negócio e o Sebrae dá justamente o que ele precisa, conforme condições de gestão, de ter um negócio em um ambiente seguro e sua capacitação para obter um crédito a fim de estabelecer metas de crescimento na escala economia”, explicou.

“Lampejos positivos”

Décio Lima fez questão de destacar os avanços na economia brasileira com Lula na Presidência.“Não poderia deixar de registrar que a economia dá fortes lampejos positivos com a retomada que o presidente Lula estabeleceu a partir do conceito de colocar o povo no orçamento”, elogiou Décio.

Ele destacou os resultados positivos nesses primeiros seis meses do governo Lula:

– Nível de empregabilidade é o maior da história do Brasil, com 43 milhões de brasileiros e brasileiras com carteira assinada

– Foram criados quase 1 milhão de novos empregos nos primeiros seis meses do governo Lula, de acordo com o diagnóstico do Sebrae

– Os números do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), no governo Lula, atingimos a quarta colocação no mundo no crescimento do PIB.

“Isso é muito entusiasmante, somado aos números divulgados da balança comercial brasileira”, completou ele, ao falar do recente recorde de US$ 45,514 bilhões de saldo positivo no semestre, o maior da história. Para Lima, não há dúvidas de que o Brasil dá os passos certos para superar a extrema pobreza, um “abismo” e uma “perversidade” que levaram o país novamente ao Mapa da Fome.

Décio Lima diz que a tarefa do Sebrae é dar condições para “essa economia que faz distribuição de renda que são os MEIs, os micro e pequenos prendedores. Para que eles também possam ser impulsionados do ponto de vista da contribuição econômica, da empregabilidade e, sobretudo, para tirar milhões de brasileiros da linha da pobreza e da pobreza”.

Frente Parlamentar Mista

Décio Lima falou ainda sobre a importância da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas, que foi relançada nesta quarta-feira (5) em cerimônia no Congresso Naciona. A Frente, que marca a comemoração dos 51 anos do Sebrae, é presidida pelo deputado Helder Salomão (PT-ES) e tem como pauta prioritária a proteção dos pequenos negócios na Reforma Tributária.

“Alcançamos uma unidade com todos os setores e a pluralidade dos partidos para que colocássemos em pauta os interesses efetivos que essa frente tenha um papel significativo no Congresso Nacional”, celebrou Lima.

Segundo o presidente do Sebrae, o papel da Frente é fundamental para defender conquistas como o Simples, que permite justiça tributária aos pequenos negócios, além da lei que criou o MEI e o debate sobre reforma tributária. “Aprovar uma reforma tributária vai trazer para o setor mais fiscal e condições de longevidade em um ambiente econômico que é hegemonizado pelos poderosos”.

Reforma Tributária

“É um processo que não tem explicação, principalmente na economia global, a formatação tributária que o Brasil atualmente está convivendo”, opinou Lima. “A reforma vai dar uma tranquilidade de simplificação em vários contextos para a sociedade e principalmente para aqueles que empreendem, os próprios empresários”, argumentou. “Além disso, ela vai unificar as políticas para que o Brasil não continue nesse processo que não traz ganhos para ninguém na guerra fiscal. Nós queremos que a reforma estabeleça uma justiça tributária”.

Décio Lima disse considerar que o imposto progressivo é uma forma de se fazer justiça. “Quem ganha mais, paga mais. E os mais pobres, ganham isenções dependendo da sua condição social”, defendeu.“O dinheiro, que é arrecadado dos que concentram mais a renda, pode ser devolvido para as famílias mais pobres, fazer inclusão social e permitir que o Brasil, com este modelo de reforma, possa ser um país minimamente justo”. 

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Banco Central

Outro tema abordado pelo presidente do Sebrae foi o impacto dos juros nos pequenos negócios. Para ele, o diagnóstico da herança bolsonarista que o presidente Lula recebeu é trágico em vários setores na vida do povo brasileiro, e a autonomia do Banco Central é uma dessas heranças.

“O Banco Central faz um papel contra a economia, contra a soberania e contra o nosso o país, criticou. “Os EUA não têm a baixa [inflação com a qual] estamos convivendo no país e a taxa correspondente a eles, a Selic, não chega nem perto desse absurdo de 13,75%”.

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Incentivo ao empreendedorismo

Nesta semana, Décio Lima teve um encontro com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para firmar uma parceria entre o Sebrae e a pasta para a redução da violência e o incentivo ao empreendedorismo.

O projeto irá unir o programa Cidade Empreendedora, do Sebrae, ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que diminui os indicadores de criminalidade, como homicídios e crimes contra a vida, nas regiões metropolitanas mais violentas do Brasil.

O Programa Cidade Empreendedora pretende engajar a gestão pública e lideranças locais na melhoria do ambiente de negócios e na gestão de políticas voltadas a atender às principais demandas dos pequenos negócios, especialmente para o desenvolvimento econômico local, com a institucionalização da Lei Geral da Micro e Pequenas Empresas.

Ouça a íntegra da entrevista com o presidente do Sebrae Nacional:

Da Redação

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