Yagoo Moura: Defender Lula é defender a democracia

No final da década de 1970, ressurgia no Brasil o movimento sindical, alvo de forte repressão durante o ainda vigente regime ditatorial militar. Lula despontava na liderança de greves no ABC Paulista e incomodou. Por isso foi preso e submetido, já naquela época, aos ataques da imprensa sabuja do governo e do status quo.

Durante seu mandato, Lula deu autonomia ao Ministério Público e à Polícia Federal, o que é vital para o bom funcionamento do Estado de Direito.

O que se percebe, já desde o ano de 2016, ano em que se consumou um golpe de Estado com total conivência do Poder Judiciário, é uma deliberada perseguição política disfarçada de investigação judicial contra quem mais zelou pela independência da Justiça, justamente por no passado ter sido alvo dos arbítrios do Estado de Exceção.

Condução coercitiva sem amparo jurídico, vazamento de escutas ilegais e uso da imprensa para a condenação antes do devido processo jurídico são exemplos do modus operandi dos procuradores da República de Curitiba, que rasgam a Constituição com suas ações claramente persecutórias.

Não se trata de ser petista, se trata de zelar pelas liberdades individuais e pelo direito de defesa garantido a todo cidadão em um regime democrático.

Defender Lula, seu direito de defesa e a presunção de inocência é defender a democracia. É optar pela legalidade e pela constitucionalidade.

Quem não zela pelos direitos de outrem não pode reclamar quando os seus direitos foram violados pelos que deveriam resguardá-los.

Yagoo Moura, 17 anos, estudante, para a Tribuna de Debates do 6º Congresso. Saiba como participar.

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