Defesa da democracia não pode esperar, diz Jaques Wagner
Senador eleito visitou Lula junto de Gleisi Hoffmann. “Não podemos permitir que adentre por aqui um processo de autoritarismo disfarçado de democracia”
Publicado em
A defesa da democracia ameaçada não pode esperar e o momento é agora. O alerta é de Jaques Wagner, senador eleito pela Bahia, após visitar o ex-presidente Lula nessa quinta feira, juntamente com Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, senadora e deputada federal eleita pelo Paraná. “Vamos para cima, porque tem um risco muito grande. O PT conhece e sabe como o governo funciona do ponto de vista do respeito à democracia. O outro candidato ninguém sabe e, pelo que tem dito, não tem muito apreço pela democracia, pois quer resolver tudo no murro, na bala”, disse.
Wagner relatou que Lula passou por bastão da campanha eleitoral para Fernando Haddad e a direção do PT. “Ele disse: não quero orientar ninguém. Agora a orientação é do Haddad e do partido”, afirmou. “A única coisa que ele quer é que a gente faça o caminho para ganhar essa eleição”, completou.
O senador eleito fez uma avaliação positiva do desempenho de Haddad no primeiro turno e descartou grandes mudanças nesta segunda rodada. “O primeiro turno foi para apresentar o Haddad como o candidato substituto do Lula. Isso foi bem feito e ele chegou a 29% dos votos. Na primeira pesquisa depois do primeiro turno ele subiu para 42%. Agora vamos apresentar o presidente Haddad, com sua cara é caráter”, analisou.
O momento político é decisivo e exige o empenho dos democratas, avaliou Wagner. “Não podemos permitir que adentre por aqui um processo de autoritarismo disfarçado de democracia. Não acho que ninguém precise ser convidado. Quem tem responsabilidade tem que vir para dentro da proposta democrática e popular”, disse.
Gleisi também defendeu a união para defender as liberdades no País. “Essa luta pela democracia está a exigir dos democratas um posicionamento, para que a gente possa defender nosso jovem democracia, que só tem 30 anos”, afirmou.
A presidenta do PT ressaltou que é preciso seguir na luta sem medo. “Temos que fazer o enfrentamento político. Nascemos para isso. Nós somos o lado que defende a democracia e isso não é algo abstrato. Queremos um Brasil que não tenha fome e que as pessoas tenham oportunidades de educação. Isso é democracia concreta”, disse.
Por Luis Lomba, direto de Curitiba para a Agência PT de Notícias