Deputadas do PT convocam mulheres para resistência ao golpe
Em nota divulgada pelas mulheres da bancada do PT na Câmara, as parlamentares pautam a luta no Dia Internacional da Mulher
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As deputadas da bancada do PT na Câmara emitiram nota neste 8 de março, Dia Mundial de Luta e Resistência das Mulheres. As parlamentares lembram que é preciso resistir para fazer frente aos desmandos que o golpe produziu a partir do impeachment da presidenta legítima Dilma Rousseff.
Depois de tirarem a primeira mulher eleita para governar o Brasil, “o golpe machista e misógino” promove políticas que prejudicam especialmente as mulheres, vide as reformas Trabalhista e Previdenciária, as quais eliminam os direitos elementares das brasileiras e dos brasileiros. As deputadas deixam claro que a democracia precisa da luta e da determinação das mulheres a fim de evitar ainda mais retrocessos, entre eles, a tentativa de destruição do maior líder da América Latina, o presidente Lula.
Veja a nota na íntegra:
8 de Março é Dia de Luta e de Resistência
Nesse 8 de março, nosso principal compromisso é RESISTIR! Como mulheres, pelas mulheres, todas juntas.
Reafirmamos que a destituição da companheira Dilma Rousseff, primeira mulher Presidenta do País, legitimamente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros, foi um golpe machista e misógino, que continua a ser implementado sistematicamente e que atinge majoritariamente as mulheres.
“Primeiro a gente tira a Dilma…” – disseram eles. E depois varreram as mulheres dos Ministérios, varreram as políticas para as mulheres do orçamento, e varreram todas as conquistas e esperanças construídas em 13 anos de governos progressistas e comprometidos com nossas pautas e demandas.
Depois aprovaram a Emenda Constitucional Nº 95/2016 e congelaram os gastos públicos por 20 anos. Retiraram investimentos da saúde e da educação, promovendo um desmonte nos equipamentos e políticas públicas e, consequentemente, incrementando a responsabilidade das mulheres com as tarefas de cuidados.
E então aprovaram a Reforma Trabalhista, que precariza ainda mais as relações de trabalho, reduz a renda e a proteção das famílias e expõe as mulheres grávidas aos riscos da insalubridade.
Em troca de apoio aos projetos do governo ilegítimo, as bancadas fundamentalistas da Câmara e do Senado seguiram barganhando sobre nossos direitos, fazendo avançar propostas que pretendem suprimir o debate de gênero das escolas, impor um modelo padrão de família e impedir que possamos decidir autonomamente sobre nossos corpos. Para isso, chegaram a sequestrar a Comissão Especial da PEC 181/2015, à revelia da Constituição Federal e do Regimento interno da Câmara.
Ainda tentam aprovar a Reforma da Previdência, em termos que significam o fim do direito à aposentadoria para milhares de mulheres que jamais conseguirão cumprir as exigências impostas para fazerem jus ao benefício, e reduz a única medida compensatória para nossas duplas e triplas jornadas de trabalho, que é diferença de idade para aposentadoria em relação aos homens.
E seguem, “Num grande acordo nacional, com o Supremo… e a mídia”, matando os filhos das mães negras na favela e distribuindo gibis contra “a ameaça vermelha”, enquanto perseguem e tentam destruir o maior líder da esquerda latino-americana: Luiz Inácio Lula da Silva.
Por isso resistimos! Precisamos resistir. Por Lula, pela democracia, pelas mulheres, pelos direitos conquistados e por tudo o que nos é roubado, cotidianamente.
Hoje é apenas mais um dia para afirmar que resistiremos!
Brasília, 8 e março de 2018
Núcleo de Deputadas do PT na Câmara Federal
Ana Perugini (PT-SP)
Benedita da Silva (PT-RJ)
Érika Kokay (PT-DF)
Luizianne Lins (PT-CE)
Margarida Salomão (PT-MG)
Maria do Rosário (PT-RS)
Por PT na Câmara