Deputados contra redução da maioridade pedem adiamento de nova votação
A oposição pretende votar nesta quarta-feira (1º), a proposta original que reduz a idade penal de 16 para 18 anos em todos os casos, e incluir a emenda que retira os crimes de tráfico de drogas e roubo e mantém apenas crimes contra a vida
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A bancada do PT se reuniu nesta quarta-feira (1º) antes da nova votação, proposta pela oposição, da emenda aglutinativa sobre a redução da maioridade penal, na Câmara dos Deputados, para traçar novas estratégias para rejeitar o novo relatório.
Com o novo texto, a oposição pretende votar a proposta original, que reduz a idade penal de 16 para 18 anos em todos os casos, e incluir a emenda que retira os crimes de tráfico de drogas e roubo e mantém apenas crimes contra a vida.
Diante do regimento interno da Câmara dos Deputados, deputados contra a redução da maioridade penal querem que a votação seja adiada para a próxima semana, assim como garantiu que faria o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), ao fim da votação na madrugada desta quarta-feira (1º), que resultou na rejeição do texto.
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (PT-AC), propôs em plenário que o razoável seria os parlamentares buscarem um entendimento.
“Proponho votarmos esta emenda na próxima terça-feira (7) para podermos construirmos juntos essa discussão. Não se trata de torcida ‘A’ contra torcida ‘B’. Precisamos discutir o tema e formar um acordo para votação”, afirmou.
O líder lembrou ainda que o Senado contribuiu com a discussão ao aceitar conversar sobre o texto proposto pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que propõe o aumento de 3 para 8 anos a pena para menores que cometerem crimes hediondos.
O secretário de Juventude do PT, Jeferson Lima, afirma que os parlamentares estiveram em plenário nesta tarde para tentar adiar a votação para a semana que vem.
“Há quebra do regimento interno da Câmara e quebra de acordo dentro do parlamento. Esta não é uma decisão só do PT, mas dos partidos de esquerda como PCdoB, PSOL, PPS e PSB”, ressalta.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias