Desde a Eleição, Bolsonaro constrange o Brasil na comunidade internacional
Jair, que já era conhecido como machista, homofóbico e racista durante a disputa eleitoral, foi chamado de “desastre” após discurso insignificante em Davos, na Suiça
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Desde as Eleições 2018 o Brasil tem sido motivo de piada internacional por conta de Jair Bolsonaro (PSL). O então candidato à Presidência envergonhou o país, em mais de uma ocasião, com seus discursos machistas, racistas e homofóbicos. Depois de eleito, Bolsonaro seguiu constrangendo o Brasil, especialmente pelo seu perfil no Twitter.
Em outubro do ano passado, logo após a definição da disputa do segundo turno, o jornal espanhol El Pais publicou reportagem na qual destacava que Jair “é um adorador da ditadura que impôs ao Brasil uma de suas épocas mais obscuras durante 20 anos”. A publicação lembrou ainda que o então candidato é “defensor dos valores mais retrógrados” e o chamou de “machista”, “racista” e “homofóbico”.
O britânico The Guardian comparou, na época, a campanha eleitoral brasileira a uma típica “telenovela” por conta da atuação de Bolsonaro. O jornal lembrou que a disputa eleitoral teria “infinitamente mais consequências para o futuro de uma das maiores e mais diversificadas democracias do mundo”.
O The New York Times fez a crítica mais dura ao despreparado Bolsonaro. Segundo o jornal estadunidense, Jair “pode se tornar um líder autoritário nos moldes de Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, e Rodrigo Duterte, das Filipinas”. ”
O “desastre” de Davos
Após ser eleito, Bolsonaro seguiu se comportando como um candidato lunático. No seu primeiro compromisso internacional como presidente do Brasil, Jair mais uma vez nos envergonhou. O discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos na Suíça, que deveria durar 45 minutos e durou apenas sete, foi classificado como um “desastre” pela imprensa internacional.
A editora do jornal francês Le Monde, Sylvie Kauffmann, se pronunciou nas redes sociais e disse que “Bolsonaro foi incapaz de responder concretamente às questões de Klaus Schwab”, presidente do Fórum. Outro jornalista a se manifestar sobre a patética participação de Jair em Davos foi o editor-chefe da revista estadunidense American Quartely, Brian Winter, que relatou no Twitter que recebeu um e-mail de um participante de Davos, que classificou o discurso de Bolsonaro como “desastroso”, e ainda questionou: “Por que ele veio mesmo?”.
Por fim, a jornalista Heather Long, do jornal estadunidense Washington Post, também foi ao Twitter para criticar Bolsonaro e a suas respostas. “Isso é uma enrolação”, disse Heather que ainda acrescentou que o mandatário brasileiro “tinha o mundo todo lhe assistindo, e sua melhor frase foi quando chamou as pessoas para passarem férias no Brasil”.
Do Your Majesty à venda de soja
Além da recente publicação de um vídeo pornográfico no Twitter, Jair também já passou vergonha com a realeza britânica. Ao responder um tuíte da rainha Elizabeth II, sobre a tragédia em Brumadinho, Bolsonaro escreveu: “Thank you for the words, Queen”. Ocorre, no entanto, que segundo o protocolo, que todo líder de estado deve saber, ao se dirigir a um membro da monarquia é indicado o uso do título “sua majestade” – Your Majesty, em inglês – e não a palavra “Queen”.
Bolsonaro consegue humilhar o país mesmo quando não abre a boca. Suas decisões têm sido catastróficas para a economia do Brasil. Após seguir os interesses de Donald Trump, em sua guerra econômica com a China, Jair fez o país perder mercado da venda de soja. Isso porque ele resolveu endurecer as relações com o país asiático e como resultado prejudicou a exportação do produto.
Segundo agências internacionais, a China ofereceu US$ 30 bilhões – R$ 111 bilhões – para a compra de soja e outros produtos agrícolas dos EUA. Por consequência, a medida deve reduzir a demanda chinesa por produtos brasileiros, principalmente a soja.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Brasil de Fato e Jornal do Brasil