Desemprego bate novo recorde e atinge 13,7 milhões pessoas
Dados divulgados nesta sexta (27) pelo IBGE mostram que 13,1% dos brasileiros estão sem emprego, maior taxa registrada desde maio do ano passado
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O índice de desemprego aumentou para 13,1% no primeiro trimestre encerrado em março deste ano. É a maior taxa desde maio do ano passado. O total de desempregados no País pulou para 13,7 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
Os dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, entre dezembro e março, o número de desempregados aumentou em 1,379 milhão de pessoas, o que representa uma alta de 11,2% em relação ao quarto trimestre do ano passado.
E, mais uma vez, o IBGE registra queda (-1,2%) no total de trabalhadores com carteira assinada. São mais 408 mil pessoas no mercado sem direitos. O resultado é o menor de toda a série da pesquisa, iniciada em 2012, segundo o IBGE. A máxima foi registrada em junho de 2014, durante o governo de Dilma Rousseff, quando foram registrados 36,8 milhões de empregos formais.
Vários parlamentares da Bancada do PT usaram as suas redes nesta sexta-feira para responsabilizar o governo Temer pelas políticas equivocadas que tem contribuído para o aumento do desemprego no País.
A deputada federal Erika Lula Kokay (PT-DF) lembrou em sua conta no twitter que os golpistas rasgaram a CLT e destruíram mais de 100 direitos trabalhistas com o argumento de gerar empregos. “O resultado é esse aí: 13,7 milhões de desempregados. A reforma foi para os patrões e não para os trabalhadores com sempre denunciamos”.
Em outra postagem a parlamentar escreveu que não há mais nenhuma dúvida: “a deforma Trabalhista de Temer/PSDB/DEM aumentou o desemprego e derrubou os salários. Não tem mais emprego com carteira assinada. Agora, é só trabalho precário e sem direitos!”
Também em seu twitter, o deputado federal Reginaldo Lula Lopes (PT-MG) reforçou que o governo Temer mentiu para os trabalhadores brasileiros afirmando que a Reforma Trabalhista geraria mais emprego, mas o desemprego subiu para 13,1% no País.
“Na televisão, Temer cantou vitória, o que significa que, para ele, a ponte para o futuro foi bem sucedida, mas na vida real aumentou o desemprego no Brasil”, lamentou.
O deputado federal Henrique Lula Fontana (PT-RS), na sua conta no twitter, destacou que os retrocessos do Brasil sob o governo Temer não param. “O IBGE apontou que o 1º trimestre encerrou com taxa de desemprego de 13,1% e com o menor número de trabalhadores formais em 6 anos”.
E o líder da Oposição na Câmara, deputado José Lula Guimarães (PT-CE), usou sua conta no twitter para ironizar o governo Temer. “Mas o governo golpista não divulga que está tudo indo bem? – Desemprego sobe a 13,1% em março e atinge 13,7 milhões de pessoas”
Avaliação da CUT
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, mais desemprego e menos direitos para a classe trabalhadora era justamente o que os neoliberais que deram o golpe queriam para o País.
Segundo ele, a prova é que a única taxa que vem aumentando no Brasil desde 2014, quando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu as eleições para a presidenta Dilma e se aliou a Temer, parte da mídia, do parlamento e do Poder Judiciário para dar um golpe de Estado, é o total de empregos sem carteira assinada, sem direitos trabalhistas.
“O IBGE disse hoje que, em três anos, o País perdeu 4 milhões de postos com carteira de trabalho assinada, confirmando os piores cenários que estamos traçando desde o início do golpe”, disse Vagner.
Depois da aprovação da Reforma Trabalhista do ilegítimo e golpista Temer, a situação piorou, lembra Vagner. Os dados do IBGE confirmam a avaliação do presidente da CUT. Até o mercado informal, sem carteira assinada e, portanto, sem direitos trabalhistas, registrou mais demissões em comparação ao trimestre encerrado em dezembro. O número de empregados sem carteira também caiu para 10,7 milhões de pessoas, ou menos 402 mil trabalhadores.
Já a categoria dos trabalhadores por conta própria ficou estável na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, com 23 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,8% (mais 839 mil pessoas).
Rendimento fica estável
O rendimento médio real dos trabalhadores ficou em R$ 2.169 no trimestre de janeiro a março de 2018, o que, segundo o IBGE, representa estabilidade frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2017 (R$ 2.173) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.169).
Do PT na Câmara com informações da CUT