Desemprego registrado em julho é 40% menor que o deixado por FHC

Em janeiro de 2003, presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse com desemprego de 12,6%, registrado no mês anterior pelo IBGE; em dezembro de 2014 atingiu o menor índice já registrado, de 4,3%, com redução de 66% no período

A taxa de desemprego medida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de julho de 2015, de 7,5%, é 40,4% menor que o desemprego deixado pelos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder, em janeiro de 2003, o índice acabara de bater em 12,6%, no último mês de FHC na presidência do Brasil.

Mesmo considerado recorde desde julho de 2009, quando registrou taxa de 8%, o índice atual de desemprego, divulgado nesta quinta-feira (20) pelo IBGE, teria que aumentar 68% para se igualar ao do ex-presidente tucano.

Com a posse de Lula, o índice não permaneceu alto por muito tempo: baixou já no primeiro ano do novo presidente para 12,3% e para 11,4% no ano seguinte, em 2004.

Foi a primeira vez que o desemprego retrocedeu da taxa anual média acima de 12% registrada em boa parte da década de 1990 e nos primeiros três anos dos anos 2000. No início dos anos 90, o movimento tinha sido inverso: a taxa pulou de 7% para mais de 12%.

O ano de 1989 fechou com 25,5 milhões de trabalhadores com registro em carteira no Brasil. Em 2001, o número de trabalhadores com registro não passava muito de 26,6 milhões. Ou seja: em doze anos, o mercado formal abriu apenas 1,1 milhão de postos de trabalho. O Brasil transformara-se no país da informalidade.

O ápice do desemprego no Brasil foi registrado em abril de 2004, com taxa de 13,1%, com Lula no poder, mas na esteira dos oito anos de governos tucanos.

A partir daí, no entanto, entrou em desaceleração acentuada até registrar o piso histórico, com taxa de 4,3% em dezembro de 2014, no encerramento do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff. Em quase 11 anos, o desemprego despencou para menos de um terço do que alcançara no início de 2004. A queda foi superior a 74% no período até dezembro do ano passado.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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