Desmatamento da Amazônia aumenta 103,7% em novembro e quebra recorde

Área destruída na região mais que dobrou em relação ao mesmo período de 2018 e chegou a 563,03 km², recorde para o mês desde o início da série histórica, em 2015

Marcelo Cadilhe

O desmatamento na Amazônia cresceu 104% em novembro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Segundo dados do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (13), a destruição do bioma cresceu 103,7%. Foram 563,03 km² destruídos entre 1° e 30 de novembro, um recorde para o mês de desde o início da série histórica, em 2015.

Os dados chamam a atenção porque o mês de novembro é o início de uma época chuvosa na maior parte da Amazônia, quando os índices supostamente diminuiriam.

Desde o fim de 2018, o sistema aponta um crescimento significativo dos números de desmatamento. Os dados do Inpe, no entanto, foram questionados pelo presidente Jair Bolsonaro. A polêmica culminou na exoneração do então diretor do instituto, Ricardo Galvão, em agosto.

Em junho, também em relação ao mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 90%. Em julho, agosto e setembro, os números foram ainda mais expressivos: 278%, 222% e 96%, respectivamente.

Desde janeiro, a destruição teve um aumento de 83,9%, em relação ao período de janeiro a novembro do ano anterior: 8.974,31 km², contra 4.878,7 km² destruídos em 2018.

Por Brasil de Fato

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